Capitulo 8
Ultimo
A carga humana cativa do San Pedro de Alcântara
O San Pedro de Alcântara para além da valiosa carga em metais preciosos, soldados tripulantes e passageiros, trazia uma vintena de presos políticos índios entre homens, mulheres e crianças, ligados à rebelião de Tupac Amaru, dezassete dos quais morreria no naufrágio. Nestes presos estava Fernando Tupac Amaru, o filho mais novo do rebelde, que sobreviveu ao naufrágio e que após algum tempo de liberdade viria a entregar-se às autoridades sendo enviado para Espanha onde morreria alguns anos mais tarde.
Esta comitiva de presos políticos reveste-se de especial relevo pela ligação à maior rebelião indígena que a história colonial hispano-americana viria a registar. Em 1780, José Gabriel Tupac Amaru, que era cacique da aldeia de Tungasuca, no vale do rio Vilcanota (Sagrado para os Incas), iniciaria a mais de 3300 metros de altitude nos Andes do Perú meridional, uma rebelião que o conduziria à morte por enforcamento um ano mais tarde.
José Gabriel Tupac Amaru, descendente da dinastia Inca por linhagem da sua mãe, foi executado pelos mesmos Espanhóis que tinham dizimado, duzentos anos antes, o antigo e poderoso império Sul-Americano. O chefe rebelde seria esquartejado em público na presença do seu filho mais novo, Fernando, que escaparia com vida à tragédia da Papôa em Peniche, e que uma vez mais por persistência do destino, morreria também ele às mãos de Espanhóis.
A diferença de tratamento era de tal forma evidente que por oposição à forma solene e cuidada com que foram sepultadas as vítimas europeias do San Pedro, os índios seriam amontoados numa vala comum e enterrados ainda com as grilhetas de ferro colocadas nos membros (...).
Fonte de pesquisa: http://nautarch.tamu.edu/shiplab/
UM BLOGUE TEMÁTICO E CULTURAL
SEGURANÇA DE TEXTOS E DE TODOS OS TRABALHOS
SEGURANÇA DE TEXTOS E DE TODOS OS TRABALHOS
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
ANIVERSÁRIO PENICHE LIVRE
Na próxima semana, o Blogue Peniche Livre comemora o seu primeiro aniversário. Muitas novidades que culminarão neste dia ( 4 de Abril, domingo de Páscoa).
Paulo Gonçalves
Paulo Gonçalves
terça-feira, 23 de março de 2010
SAN PEDRO DE ALCÂNTARA
Capitulo 7
Para termos uma ideia, durante os séculos XVI, XVII e XVIII a quantidade de metais preciosos importados pelas grandes potências da época como Portugal e Espanha, foi de tal envergadura que se calcula ter causado uma inflação à escala mundial.
Mas porquê a urgência? De facto na época da partida do San Pedro de Alcntara do Perú tinha-se já iniciado a famosa rebelião nativa de Tapuc Amaru, pelo que Espanha receava a instabilidade que poderia colocar em causa o transito deste metais preciosos entre a América do Sul e a Europa.Fonte de pesquisa: http:nautarch.tamu.edu/shiplab
Paulo Gonçalves
Para termos uma ideia, durante os séculos XVI, XVII e XVIII a quantidade de metais preciosos importados pelas grandes potências da época como Portugal e Espanha, foi de tal envergadura que se calcula ter causado uma inflação à escala mundial.
Mas porquê a urgência? De facto na época da partida do San Pedro de Alcntara do Perú tinha-se já iniciado a famosa rebelião nativa de Tapuc Amaru, pelo que Espanha receava a instabilidade que poderia colocar em causa o transito deste metais preciosos entre a América do Sul e a Europa.Fonte de pesquisa: http:nautarch.tamu.edu/shiplab
Paulo Gonçalves
quinta-feira, 18 de março de 2010
Coisas de Poesia
Amor de Pai
*
Um filho é luz
Um filho é amor
Um filho é dádiva de Deus, Nosso Senhor.
E alegra os olhos, meus!
Pelo filho…
O pai sofre.
Pelo filho…
O pai trabalha.
Pelo filho…
O pai é feliz.
Pelo filho…
O pai vive!
Pelos cantos mais felizes da vida,
Os meus filhos…encontrei.
Ao amor de Jesus Cristo.
Para sempre os consagrei!
Paulo Gonçalves
*
Um filho é luz
Um filho é amor
Um filho é dádiva de Deus, Nosso Senhor.
E alegra os olhos, meus!
Pelo filho…
O pai sofre.
Pelo filho…
O pai trabalha.
Pelo filho…
O pai é feliz.
Pelo filho…
O pai vive!
Pelos cantos mais felizes da vida,
Os meus filhos…encontrei.
Ao amor de Jesus Cristo.
Para sempre os consagrei!
Paulo Gonçalves
Coisas de Poesia
Rio Infinito
A Montanha sonhou com um Rio.
Que corria no Universo.
Este saciava a sede à clemência.
Lavava a alma à perversidade.
Elevava o espírito à indiferença!
A Montanha embevecida,
criou uma Gota de água.
Uma, outra e mais outra...
Aos poucos, era uma Nascente!
Desceu pela sua encosta.
Guiou-a em forte corrente.
Escorreu-a em cascata.
Formou um Lago transparente!
A perversidade escorraçou-o.
Maculou-o, na sua nobreza.
Previu a sua romagem.
Forçou a sua fraqueza.
Mas não aumentou a sua margem.
A Nascente voltou a jorrar.
Para o Lago, continuou a fluir.
Purificou o limo da represa.
Ansioso por se libertar.
Em Rio ousou distinguir-se.
Abriu leitos nas florestas.
Viajou nas areias desertas.
Tinha uma missão a cumprir.
Liberto de dor ou mágoa.
Nos Oceanos foi confluir.
E pelo Universo...
Dá de beber...
A sua água!
Raízes M/Peniche.
A Montanha sonhou com um Rio.
Que corria no Universo.
Este saciava a sede à clemência.
Lavava a alma à perversidade.
Elevava o espírito à indiferença!
A Montanha embevecida,
criou uma Gota de água.
Uma, outra e mais outra...
Aos poucos, era uma Nascente!
Desceu pela sua encosta.
Guiou-a em forte corrente.
Escorreu-a em cascata.
Formou um Lago transparente!
A perversidade escorraçou-o.
Maculou-o, na sua nobreza.
Previu a sua romagem.
Forçou a sua fraqueza.
Mas não aumentou a sua margem.
A Nascente voltou a jorrar.
Para o Lago, continuou a fluir.
Purificou o limo da represa.
Ansioso por se libertar.
Em Rio ousou distinguir-se.
Abriu leitos nas florestas.
Viajou nas areias desertas.
Tinha uma missão a cumprir.
Liberto de dor ou mágoa.
Nos Oceanos foi confluir.
E pelo Universo...
Dá de beber...
A sua água!
Raízes M/Peniche.
ANUNCIAÇÃO
Capitulo 4
A Virgem Maria disse sim, demonstrando toda confiança no Senhor Deus e fez-se Instrumento Divino nos acontecimentos proféticos. Mas teve de perguntar como seria possível, se não conhecia homem algum. Esta pergunta não teve o intuito de contestar, mas de saber como seria feito, e o que deveria fazer. Gabriel lhe explicou o Espírito Santo a fecundaria, pela graça do Criador. Então respondeu com a mesma simplicidade de sua vida e fé: “Sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Sua vontade”(Lc.1,38).
Paulo Gonçalves
Capitulo 5
Com esta resposta, Maria aceitou a dignamente a honra de ser mãe do Filho de Deus, mas ao mesmo tempo também aceitou os sofrimentos e os sacrifícios que estavam ligados a esse sim. Por isso os devotos de Nossa Senhora da Anunciação pedem sua intercessão junto de Cristo, nas suas aflições.
Hoje a Igreja festeja um dos mistérios mais sublimes e importantes para a Humanidade. Maria foi poderosamente levada à comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Motivo mais que suficiente para ser invocada como Nossa Senhora da Anunciação.
Paulo Gonçalves
A Virgem Maria disse sim, demonstrando toda confiança no Senhor Deus e fez-se Instrumento Divino nos acontecimentos proféticos. Mas teve de perguntar como seria possível, se não conhecia homem algum. Esta pergunta não teve o intuito de contestar, mas de saber como seria feito, e o que deveria fazer. Gabriel lhe explicou o Espírito Santo a fecundaria, pela graça do Criador. Então respondeu com a mesma simplicidade de sua vida e fé: “Sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Sua vontade”(Lc.1,38).
Paulo Gonçalves
Capitulo 5
Com esta resposta, Maria aceitou a dignamente a honra de ser mãe do Filho de Deus, mas ao mesmo tempo também aceitou os sofrimentos e os sacrifícios que estavam ligados a esse sim. Por isso os devotos de Nossa Senhora da Anunciação pedem sua intercessão junto de Cristo, nas suas aflições.
Hoje a Igreja festeja um dos mistérios mais sublimes e importantes para a Humanidade. Maria foi poderosamente levada à comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Motivo mais que suficiente para ser invocada como Nossa Senhora da Anunciação.
Paulo Gonçalves
quinta-feira, 11 de março de 2010
MÁGICA MARESIA
PERDIDO
*
Estava perdido, as sombras de incerteza não deixavam de pairar. O desespero e a angústia tomavam conta de si. Viu-se obrigado a entrar na taberna dos pescadores, naquela noite fora de Deus. Já tinha concorrido a todos os empregos mas as respostas foram todas iguais. Não tinha outra alternativa. Antes de sair ainda ouviu a sua mãe dizer:
- Não! Meu filho, não vás, o mar não é para ti.
Ele, porém, não deu ouvidos e alguma vez podia dar?
Meia hora depois, já se encontrava na taberna. Ao entrar avistou o velho pescador, conhecido por tio António. Dirigiu-se a ele como se este fosse a sua única varanda para se agarrar num prédio de vinte andares, sem ela caía e com a queda, toda a sua vida.
Tio António estava sentado. Vestia o seu fato de pescador e na cabeça usava a sua típica boina azul. Olhou para ele e desesperado pediu-lhe:
- Posso sentar-me?
- Claro meu rapaz! A minha mesa será sempre a tua.
- Tio António, eu…
- Não digas nada rapaz. Já sei! Não há empregos na aldeia.
Ouve o que eu te digo, não queiras a vida do mar.
- Porquê?
- Em breve verás!
Dizendo isto, levantou-se rapidamente, sem dar explicações.
O empregado da taberna, que tinha presenciado a conversa, aproximou-se.
- Deu para perceber. – Disse
- Não percebi nada!
- O mestre do barco do tio António não consegue governar a família e por isso quer ir para o mar mesmo debaixo deste temporal.
- Eles vão mesmo assim?
- Como te disse, vão!
Ao ouvir isto, reflectiu por uns momentos. Saiu da taberna e dirigiu-se à praia. Ao chegar viu um pescador sentado na areia, remendando a sua rede. Aproximou-se e indagou:
- O senhor podia dizer-me se o barco do tio António já se foi?
- Já sim rapaz! Foi o único!
Nada podia fazer. Entregava agora tudo nas mãos de Deus.
Atordoado, e já em casa, desperta ao som dos sinos da Igreja. A noite ficara para trás, as vozes vindas da rua soaram-lhe agitadas. Depressa mergulhou na azáfam da aldeia e não queria acusar o que a alma lhe dizia.
- Quem morreu?!
Uma mulher olhou-lhe, e hesitante disse-lhe:
- Foi o tio António e todos os que iam com ele!
Sentiu um punhal trespassar-lhe a alma.
- Tio António, posso agora compreender o quanto me quiseste bem!
Lágrimas insistentes brotaram-lhe dos olhos. Os sinos continuavam a tocar num som de dor e choro que acompanhavam o seu estado de alma.
Conto de escola feito por mim em 1985
*
Paulo Gonçalves
ANUNCIAÇÃO
Capitulo 3
Jovem adolescente, simples e virgem, Maria, prometida a José, um carpinteiro descendente da casa de David. Perturbou-se ao receber do Arcanjo o aviso de que era a escolhida para conceber o Filho de Deus, o qual devia ser chamado Jesus, pois era o enviado para salvar a Humanidade, e cujo Reino era eterno. Assim, o Pai Criador, dependeu do consentimento de uma frágil criatura humana para realizar o Mistério para a nossa Redenção.
Paulo Gonçalves
Jovem adolescente, simples e virgem, Maria, prometida a José, um carpinteiro descendente da casa de David. Perturbou-se ao receber do Arcanjo o aviso de que era a escolhida para conceber o Filho de Deus, o qual devia ser chamado Jesus, pois era o enviado para salvar a Humanidade, e cujo Reino era eterno. Assim, o Pai Criador, dependeu do consentimento de uma frágil criatura humana para realizar o Mistério para a nossa Redenção.
Paulo Gonçalves
ANUNCIAÇÃO
Capitulo 2
A visita do Anjo à Virgem Maria, como frisou o santo padre Bento XVI, inicia um novo tempo para o povo de Deus, cumpre-se assim, do Velho Testamento com a abertura do caminho para o Reino de Deus à luz a Boa Nova, para toda a Humanidade. São Gabriel Arcanjo proferiu a oração que esta sempre na boca e no coração de todos os fiéis: a Ave Maria(Lc. 1,28a) (a expressão “Ave”, ou “Salve”, pode-se entender por “Alegra-te”).
Paulo Gonçalves
A visita do Anjo à Virgem Maria, como frisou o santo padre Bento XVI, inicia um novo tempo para o povo de Deus, cumpre-se assim, do Velho Testamento com a abertura do caminho para o Reino de Deus à luz a Boa Nova, para toda a Humanidade. São Gabriel Arcanjo proferiu a oração que esta sempre na boca e no coração de todos os fiéis: a Ave Maria(Lc. 1,28a) (a expressão “Ave”, ou “Salve”, pode-se entender por “Alegra-te”).
Paulo Gonçalves
segunda-feira, 8 de março de 2010
ANUNCIAÇÃO
A Nove Meses do Natal
Capitulo 1
A celebração da Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria acontece desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal. Este fato, fez de Maria o primeiro sacrário da Eucaristia, e por isso recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação.
Paulo Gonçalves
domingo, 7 de março de 2010
SAN PEDRO DE ALCÂNTARA
Capitulo 6
A importância singular deste naufrágio
De facto o naufrágio do San Pedro de Alcântara revestiu-se na época de uma grande importância. O que motivaria uma tão extensa, pronta e dispendiosa acção de recuperação da sua carga seria ela mesma. Calcula-se que para a economia Espanhola da época a sua carga de cobre, prata e ouro, representaria mais de 10% do valor económico em circulação, pelo que a sua perda causaria, com toda a certeza, uma catástrofe económica e o seu colapso, com todas as implicações económicas, sociais e políticas e com a perda do relevo mundial do império Espanhol.
As razões pelas quais se pode justificar a enorme e invulgar quantidade de carga que o San Pedro de Alcântara trazia, a ponto de obvia e conscientemente se arriscar o seu valor, são diversas. Os Estados Unidos tinham conseguido a sua independência, pelo que em 1783 tinham cessado as hostilidades onde Espanha e França ao lado da Inglaterra tinham participado; O embargo Inglês aos portos da América do Sul tinha também cessado, pelo que estavam a gora criadas as condições para o transporte de grandes quantidades de bens do rico continente sul-americano.
Fonte de pesquisa: http://nautarch.tamu.edu/shiplab/
A importância singular deste naufrágio
De facto o naufrágio do San Pedro de Alcântara revestiu-se na época de uma grande importância. O que motivaria uma tão extensa, pronta e dispendiosa acção de recuperação da sua carga seria ela mesma. Calcula-se que para a economia Espanhola da época a sua carga de cobre, prata e ouro, representaria mais de 10% do valor económico em circulação, pelo que a sua perda causaria, com toda a certeza, uma catástrofe económica e o seu colapso, com todas as implicações económicas, sociais e políticas e com a perda do relevo mundial do império Espanhol.
As razões pelas quais se pode justificar a enorme e invulgar quantidade de carga que o San Pedro de Alcântara trazia, a ponto de obvia e conscientemente se arriscar o seu valor, são diversas. Os Estados Unidos tinham conseguido a sua independência, pelo que em 1783 tinham cessado as hostilidades onde Espanha e França ao lado da Inglaterra tinham participado; O embargo Inglês aos portos da América do Sul tinha também cessado, pelo que estavam a gora criadas as condições para o transporte de grandes quantidades de bens do rico continente sul-americano.
Fonte de pesquisa: http://nautarch.tamu.edu/shiplab/
BENTO XVI
Capitulo 6
Porventura não é verdade que, na origem daquela que em sentido cósmico chamamos «natureza», há «um desígnio de amor e de verdade»? O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade». Nas suas páginas iniciais, o livro do Génesis introduz-nos no projecto sapiente do cosmos, fruto do pensamento de Deus, que, no vértice, colocou o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança do Criador, para «encher e dominar a terra» como «administradores» em nome do próprio Deus (cf. Gn 1, 28). A harmonia descrita na Sagrada Escritura entre o Criador, a humanidade e a criação foi quebrada pelo pecado de Adão e Eva, do homem e da mulher, que pretenderam ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-se como suas criaturas. Em consequência, ficou deturpada também a tarefa de «dominar» a terra, de a «cultivar e guardar» e gerou-se um conflito entre eles e o resto da criação (cf. Gn 3, 17-19). O ser humano deixou-se dominar pelo egoísmo, perdendo o sentido do mandato de Deus, e, no relacionamento com a criação, comportou-se como explorador pretendendo exercer um domínio absoluto sobre ela. Mas o verdadeiro significado do mandamento primordial de Deus, bem evidenciado no livro do Génesis, não consistia numa simples concessão de autoridade, mas antes num apelo à responsabilidade. Aliás, a sabedoria dos antigos reconhecia que a natureza está à nossa disposição, mas não como «um monte de lixo espalhado ao acaso», enquanto a Revelação bíblica nos fez compreender que a natureza é dom do Criador, o Qual lhe traçou os ordenamentos intrínsecos a fim de que o homem pudesse deduzir deles as devidas orientações para a «cultivar e guardar» (cf. Gn 2, 15). Tudo o que existe pertence a Deus, que o confiou aos homens, mas não à sua arbitrária disposição. E quando o homem, em vez de desempenhar a sua função de colaborador de Deus, se coloca no lugar de Deus, acaba por provocar a rebelião da natureza, «mais tiranizada que governada por ele». O homem tem, portanto, o dever de exercer um governo responsável da criação, preservando-a e cultivando-a.
Fonte. Mensagem de Paz de Bento XVI
Porventura não é verdade que, na origem daquela que em sentido cósmico chamamos «natureza», há «um desígnio de amor e de verdade»? O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade». Nas suas páginas iniciais, o livro do Génesis introduz-nos no projecto sapiente do cosmos, fruto do pensamento de Deus, que, no vértice, colocou o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança do Criador, para «encher e dominar a terra» como «administradores» em nome do próprio Deus (cf. Gn 1, 28). A harmonia descrita na Sagrada Escritura entre o Criador, a humanidade e a criação foi quebrada pelo pecado de Adão e Eva, do homem e da mulher, que pretenderam ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-se como suas criaturas. Em consequência, ficou deturpada também a tarefa de «dominar» a terra, de a «cultivar e guardar» e gerou-se um conflito entre eles e o resto da criação (cf. Gn 3, 17-19). O ser humano deixou-se dominar pelo egoísmo, perdendo o sentido do mandato de Deus, e, no relacionamento com a criação, comportou-se como explorador pretendendo exercer um domínio absoluto sobre ela. Mas o verdadeiro significado do mandamento primordial de Deus, bem evidenciado no livro do Génesis, não consistia numa simples concessão de autoridade, mas antes num apelo à responsabilidade. Aliás, a sabedoria dos antigos reconhecia que a natureza está à nossa disposição, mas não como «um monte de lixo espalhado ao acaso», enquanto a Revelação bíblica nos fez compreender que a natureza é dom do Criador, o Qual lhe traçou os ordenamentos intrínsecos a fim de que o homem pudesse deduzir deles as devidas orientações para a «cultivar e guardar» (cf. Gn 2, 15). Tudo o que existe pertence a Deus, que o confiou aos homens, mas não à sua arbitrária disposição. E quando o homem, em vez de desempenhar a sua função de colaborador de Deus, se coloca no lugar de Deus, acaba por provocar a rebelião da natureza, «mais tiranizada que governada por ele». O homem tem, portanto, o dever de exercer um governo responsável da criação, preservando-a e cultivando-a.
Fonte. Mensagem de Paz de Bento XVI
quarta-feira, 3 de março de 2010
SAN PEDRO DE ALCÂNTARA
Capitulo 5
A tragédia motivaria ainda a construção de um altar na Igreja de São Pedro em Peniche em honra de Nossa Senhora das Dores, com a colocação das imagens de S. Pedro de Alcântara e de um crucifixo. Foi ainda colocado junto ao local do naufrágio um cruzeiro, entre o Porto da Areia Norte e a Papôa, que se encontra hoje no Museu de Peniche onde pode ser visto.
A notícia deste naufrágio seria do conhecimento Europeu, de tal forma que o pintor Francês Jean Pillement (1728-1808) pintou diversas obras onde se retrata o naufrágio e o salvamento posterior da sua carga. Duas destas obras foram adquiridas em Dezembro de 1987, no Mónaco, pelo Instituto Português do Património Cultural num leilão da prestigiada Sotheby's. Estas obras encontram-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa. Fonte de Pesquisa
http/nautarch.tamu.edu/shiplab/
Paulo Gonçalves
A tragédia motivaria ainda a construção de um altar na Igreja de São Pedro em Peniche em honra de Nossa Senhora das Dores, com a colocação das imagens de S. Pedro de Alcântara e de um crucifixo. Foi ainda colocado junto ao local do naufrágio um cruzeiro, entre o Porto da Areia Norte e a Papôa, que se encontra hoje no Museu de Peniche onde pode ser visto.
A notícia deste naufrágio seria do conhecimento Europeu, de tal forma que o pintor Francês Jean Pillement (1728-1808) pintou diversas obras onde se retrata o naufrágio e o salvamento posterior da sua carga. Duas destas obras foram adquiridas em Dezembro de 1987, no Mónaco, pelo Instituto Português do Património Cultural num leilão da prestigiada Sotheby's. Estas obras encontram-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa. Fonte de Pesquisa
http/nautarch.tamu.edu/shiplab/
Paulo Gonçalves
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