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terça-feira, 25 de maio de 2010

Esses Momentos

Belos momentos,
Guardados no baú do esquecimento,
nunca completamente fechado.
Lembro o passado.
De volta e meia vem à tona
Essa recordação de ti
Acontecimentos da juventude.
Partilhada e alegre.
Desta vida tão breve.
Que se parte e se esgota.
A dor dilacera a alma.
Pelo acontecimento inesperado
Em mim permanece a saudade
Desse feliz passado.

Paulo Gonçalves.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O 1º ELEMENTO

5 Conflitos

Deparei-me, um destes dias com uma situação que me deixou verdadeiramente perplexo:
Estava eu num local público, esperando ser atendido, quando me apercebo de uma conversa, bem perto de mim, entre duas pessoas, um homem e uma mulher, e que se transformou rapidamente numa discussão.
Aparentemente uma delas, o homem, estava em divida para com a outra. A mulher barafustava dizendo e agredindo verbalmente o homem, apregoando que este lhe devia dez euros desde o Natal. Este defendia-se dizendo que lhe queria pagar ainda nesse mesmo dia e que ainda não lhe fora possível faze-lo. A mulher não se conteve e começou a ameaçar que lhe matava caso não liquidasse a divida. Acabaram por ser interrompidos por uma funcionária que tentou estabelecer a ordem no local sem que o tivesse conseguido sendo que a situação culminou com a intervenção da polícia.
Valeria a pena chegar a tanto por uma divida de dez euros? E ainda que fosse superior, seria necessária esta agressão em público? - É caso para reflectirmos sobre em que seres nos estamos a deixar transformar, afinal só conta para nós o material. Será que é isto que nos faz felizes? Ou será que não temos mais nada em que pensar senão no dinheiro? É que se for só por isto será que vale a pena viver?

Paulo Gonçalves

APONTAMENTOS DA FÉ EM DEUS, PAI E ESPIRITO SANTO

Capitulo 5
A Oração

Rezar é vínculo de ligação com o meu bom Deus. Gosto cada vez mais de rezar o terço. Falar com Deus é muito gratificante, em especial se estiver só e em completo silêncio. Experimentar um Ave-Maria e um Pai-Nosso, ou mais, de joelhos e com os braços em cruz, numa completa humildade e de coração aberto, é algo que nos deixa leves e em perfeita sintonia com o divino.
Paulo Gonçalves

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MÁGICA MARESIA

A viagem

A noite fazia-se adivinhar, quando o crepúsculo descia, e pelo desenhado das nuvens cinzentas, que lentamente, iam manchando o céu e apagando o sol, no seu declínio.
-Ufa. Já não vejo a estrada! Vamos parar trinta minutos na próxima estação de serviço, para eu passar pelo sono e depois seguiremos viagem: -. Disse o pai da Sara depois de soltar um longo bocejo.
A Sara dormitava no banco traseiro, enquanto a mãe lhe aconchegava, um casaco fofo, por cima do corpo e a ela se aninhava, para também dormir um pouco.

A Sara acordou e entrou num bosque. Foi andando... Andando! E sem sombra de medo, foi-se envolvendo na paisagem, olhando para tudo o que a rodeava em busca dos pais que deviam estar ali por perto. Viu o verde dos prados, onde serpenteavam as hortas fresquinhas e arvores fruteiras, que confinavam numa eira, de trigo loiro sorridente, de onde espreitava o vermelho das papoilas suas companheiras. Por entre a folhagem, os passarinhos chilreavam, à sua passagem rendiam-se em homenagem, afinando as suas melodias. Nos ramos arrulhavam pombos, cantavam as cotovias e as cigarras faziam coro. Correu o coelhinho branco sarapintado de cinzento, que se sentou sobre as patas traseiras roendo uma cenoura. Mas não foi por muito tempo. Por ter visto a raposa de olhos dourados e pêlo de cor ardente, que vinha na sua peugada. A finória, pôs os olhos em cima da menina, afilou, ainda mais o focinho, e fugiu desconfiada! O sorriso da Sara iluminou-se ao recordar estas imagens nos filmes animados – É da cor da” Lassie” do tio Tiago! – Se calhar, ainda vou ver a pantera cor – de – rosa: - Disse a Sara, e ficou à espera.
Sentou-se numa pedra esburacada de onde brotavam fetos verdinhos, sustentados pelo olho de água que se desfazia em cascata, nascida no alto do rochedo (pedra). Esta docemente ia morrendo no ribeiro de pedra solta e finava num lago onde nadavam alguns peixinhos. Inebriada pela natureza, deitou um olhar no caminho formado por arvores, que se aliavam no seu topo, e viu ao fundo uma luz enevoada.
Seguiu esse trilho e avistou, um senhor já velhinho e de olhar bondoso. Arrastando-se no seu cajado. -Deve ser muito pobre! – Reparou, olhando para os seus pés descalços e as pobres roupas que trajava.
- A menina anda perdida por aqui?! – Perguntou o senhor.
- Não! Ando a ver, se vejo os meus pais: - Respondeu a Sara, mirando o velhinho alto a baixo.
- Os teus pais virão, sim! Mais tarde... - Disse o senhor, passando-lhe a mão pelo cabelo.
A menina, não fez mais perguntas. Mas, ficou a meditar...
Como é que ele sabia, o tempo que iriam demorar?!
Encolheu os ombros e franziu a pequena boca, emocionada, engoliu a seco. O que a impediu de chorar!
- Tens fome? – Perguntou-lhe, o senhor.
- Sim...tenho alguma..: - Respondeu a Sara pausadamente.
Este estendeu um braço e colheu um cacho de uvas.
-“ Come estas uvas e estarás sempre comigo, mesmo que, não estejas presente. Eu estarei sempre contigo, até em pensamento!”:
- Disse o senhor com um sorriso doce.
A Sara hesitou, por lhe ter vindo à lembrança, as recomendações feitas pela mãe, de nunca aceitar nada, dado por ninguém. Contudo, este estranho era diferente. Até parecia que já o conhecia há muito tempo. E comeu as uvas desalmadamente.
O senhor, ao ver a menina, a comer com tanto apetite, convidou-a para cear com ele. Estendeu-lhe a mão, que esta apertou com muita força e dirigiram-se a sua casa que ficava naquela imediação.
A casa era feita de pedras, e coberta de troncos de árvores, e folhas de palmeira e a fazer sombra uma amendoeira. Entrou e viu uma mesa tosca, e alguns bancos e ao fundo um forno, onde cozia o pão.
A Sara sentou-se olhando para todos os lados com curiosidade de criança.
Como se chama o senhor? - Perguntou a Sara
Podes chamar-me Senhor, se quiseres – disse o Senhor
Esta casa é tão pequenina... O Senhor mora aqui sozinho? – Perguntou a Sara.
Sim, moro sozinho! Mas tenho grandes amigos que são visitas da casa. Não tarda muito tempo, estão aí a chegar: - Respondeu o Senhor enquanto dispunha sobre a mesa, um cesto de pão, e algumas malgas, e uma panela de caldo que fumegava!
De repente ouve-se um grande alvoroço. E pela porta dentro, entram uma dúzia de crianças, correndo, irrequietas e sorridentes. Que em volta do Senhor se juntaram. Esperando pelo que este teria para lhes dizer.
-Temos uma visita, que veio cear connosco! Hoje teremos mais uma malga na mesa para a nossa visita que está só de passagem. Anunciou o Senhor.
- OH...!: - Disseram em coro, algo desiludidos por a sua nova amiguinha estar de partida.
Naquele momento, sentaram-se à mesa. Agradeceram a refeição ao Pai. Comeram o pão e o caldo, que a terra lhes deu.
A Sara, no fim da visita, foi agraciada com uma grinalda de flores, que o Senhor colocou na sua cabeça. Para que, pela vida fora, se lembrasse do desvio que fez na viagem.

A madrugada estava desperta. O carro parou, retrocedeu a chave na ignição. O motor ficou em silêncio. Desligou os faróis Desapertou o cinto de segurança
-Chegamos finalmente. Disse o pai da Sara enquanto abria a porta para sair.
A Sara deu um salto. E com os olhos esbugalhados, levou as mãos à cabeça – E perguntou – onde estou? - Com a grinalda nas mãos!
Os pais entreolharam-se, sem encontrarem uma explicação.
A grinalda da Sara jamais morreu. Assim, como a graça que Deus lhe deu, em lhe ter aberto as portas do céu.

Raízes M/Peniche


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domingo, 16 de maio de 2010

PAPA BENTO XVI

Capitulo 13.
Por fim não se deve esquecer o facto, altamente significativo, de que muitos encontram tranquilidade e paz, sentem-se renovados e revigorados quando entram em contacto directo com a beleza e a harmonia da natureza. Existe aqui uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós. Por outro lado, uma visão correcta da relação do homem com o ambiente impede de absolutizar a natureza ou de a considerar mais importante do que a pessoa. Se o magistério da Igreja exprime perplexidades acerca de uma concepção do ambiente inspirada no egocentrismo e no biocentrismo, fá-lo porque tal concepção elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos. Deste modo, chega-se realmente a eliminar a identidade e a função superior do homem, favorecendo uma visão igualitarista da «dignidade» de todos os seres vivos. Assim se dá entrada a um novo panteísmo com acentos neopagãos que fazem derivar apenas da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, a salvação para o homem. Ao contrário, a Igreja convida a colocar a questão de modo equilibrado, no respeito da «gramática» que o Criador inscreveu na sua obra, confiando ao homem o papel de guardião e administrador responsável da criação, papel de que certamente não deve abusar mas também não pode abdicar. Com efeito, a posição contrária, que considera a técnica e o poder humano como absolutos, acaba por ser um grave atentado não só à natureza, mas também à própria dignidade humana.
Capitulo 14 (Ultimo)
Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. A busca da paz por parte de todos os homens de boa vontade será, sem dúvida alguma, facilitada pelo reconhecimento comum da relação indivisível que existe entre Deus, os seres humanos e a criação inteira. Os cristãos, iluminados pela Revelação divina e seguindo a Tradição da Igreja, prestam a sua própria contribuição. Consideram o cosmos e as suas maravilhas à luz da obra criadora do Pai e redentora de Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, reconciliou com Deus «todas as criaturas, na terra e nos céus» (Cl 1, 20). Cristo crucificado e ressuscitado concedeu à humanidade o dom do seu Espírito santificador, que guia o caminho da história à espera daquele dia em que, com o regresso glorioso do Senhor, serão inaugurados «novos céus e uma nova terra» (2 Pd 3, 13), onde habitarão a justiça e a paz para sempre. Assim, proteger o ambiente natural para construir um mundo de paz é dever de toda a pessoa. Trata-se de um desafio urgente que se há-de enfrentar com renovado e concorde empenho; é uma oportunidade providencial para entregar às novas gerações a perspectiva de um futuro melhor para todos. Disto mesmo estejam cientes os responsáveis das nações e quantos, nos diversos níveis, têm a peito a sorte da humanidade: a salvaguarda da criação e a realização da paz são realidades intimamente ligadas entre si. Por isso, convido todos os crentes a elevarem a Deus, Criador omnipotente e Pai misericordioso, a sua oração fervorosa, para que no coração de cada homem e de cada mulher ressoe, seja acolhido e vivido o premente apelo: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.

Fonte: Mensagem de Paz de Bento XVI

terça-feira, 11 de maio de 2010

Nossa Senhora


"Coisas de Poesia"
*
Eu tenho uma estrelinha
Que brilha! Brilha…
Num cantinho do céu
Estrela tão minha
Está entroncadinha,
Num manto de luz
Que quando se avizinha
A Deus me conduz.
Candeia de mãe,
Que o mundo ilumina
Corredor de amor
Para vida divina.

Paulo Gonçalves

PAPA BENTO XVI

Capitulo 11.
É cada vez mais claro que o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes, muitas vezes insustentáveis do ponto de vista social, ambiental e até económico. Torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade que induza a todos a adoptarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento». Deve-se educar cada vez mais para se construir a paz a partir de opções clarividentes a nível pessoal, familiar, comunitário e político. Todos somos responsáveis pela protecção e cuidado da criação. Tal responsabilidade não conhece fronteiras. Segundo o princípio de subsidiariedade, é importante que cada um, no nível que lhe corresponde, se comprometa a trabalhar para que deixem de prevalecer os interesses particulares. Um papel de sensibilização e formação compete de modo particular aos vários sujeitos da sociedade civil e às organizações não-governamentais, empenhados com determinação e generosidade na difusão de uma responsabilidade ecológica, que deveria aparecer cada vez mais ancorada ao respeito pela «ecologia humana». Além disso, é preciso lembrar a responsabilidade dos meios de comunicação social neste âmbito, propondo modelos positivos que sirvam de inspiração. É que ocupar-se do ambiente requer uma visão larga e global do mundo; um esforço comum e responsável a fim de passar de uma lógica centrada sobre o interesse egoísta da nação para uma visão que sempre abrace as necessidades de todos os povos. Não podemos permanecer indiferentes àquilo que sucede ao nosso redor, porque a deterioração de uma parte qualquer do mundo recairia sobre todos. As relações entre pessoas, grupos sociais e Estados, bem como as relações entre homem e ambiente são chamadas a assumir o estilo do respeito e da «caridade na verdade». Neste contexto alargado, é altamente desejável que encontrem eficaz correspondência os esforços da comunidade internacional que visam obter um progressivo desarmamento e um mundo sem armas nucleares, cuja mera presença ameaça a vida da terra e o processo de desenvolvimento integral da humanidade actual e futura.
Capitulo 12
A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo. Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, «quando a “ecologia humana”é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental». Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social. Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros. Por isso, de bom grado encorajo a educação para uma responsabilidade ecológica, que, como indiquei na encíclica salvaguarde uma autêntica «ecologia humana» e consequentemente afirme, com renovada convicção, a inviolabilidade da vida humana em todas as suas fases e condições, a dignidade da pessoa e a missão insubstituível da família, onde se educa para o amor ao próximo e o respeito da natureza. É preciso preservar o património humano da sociedade. Este património de valores tem a sua origem e está inscrito na lei moral natural, que é fundamento do respeito da pessoa humana e da criação.

Fonte: Mensagem de Paz de Bento XVI

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PAPA BENTO XVI

Capitulo 9.
Um dos nós principais a enfrentar pela comunidade internacional é, sem dúvida, o dos recursos energéticos, delineando estratégias compartilhadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades de energia da geração actual e das gerações futuras. Para isso, é preciso que as sociedades tecnologicamente avançadas estejam dispostas a favorecer comportamentos caracterizados pela sobriedade, diminuindo as próprias necessidades de energia e melhorando as condições da sua utilização. Ao mesmo tempo é preciso promover a pesquisa e a aplicação de energias de menor impacto ambiental e a «redistribuição mundial dos recursos energéticos, de modo que os próprios países desprovidos possam ter acesso aos mesmos». Deste modo, a crise ecológica oferece uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta colectiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direcção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores próprios da caridade na verdade. Faço votos, portanto, de que se adopte um modelo de desenvolvimento fundado na centralidade do ser humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessidade de mudar os estilos de vida e na prudência, virtude que indica as acções que se devem realizar hoje na previsão do que poderá suceder amanhã.
Capitulo 10
A fim de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, o homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam. A «nova solidariedade», que João Paulo II propôs na Mensagem. A «solidariedade global», a que eu mesmo fiz apelo na Mensagem apresentam-se como atitudes essenciais para orientar o compromisso de tutela da criação através de um sistema de gestão dos recursos da terra melhor coordenado a nível internacional, sobretudo no momento em que se vê aparecer, de forma cada vez mais evidente, a forte relação que existe entre a luta contra a degradação ambiental e a promoção do desenvolvimento humano integral. Trata-se de uma dinâmica imprescindível, já que «o desenvolvimento integral do homem não pode realizar-se sem o desenvolvimento solidário da humanidade». Muitas são hoje as oportunidades científicas e os potenciais percursos inovadores, mediante os quais é possível fornecer soluções satisfatórias e respeitadoras da relação entre o homem e o ambiente. Por exemplo, é preciso encorajar as pesquisas que visam identificar as modalidades mais eficazes para explorar a grande potencialidade da energia solar. A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas. De igual modo deve-se procurar apropriadas estratégias de desenvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias, sendo necessário também elaborar políticas idóneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza. São precisas políticas nacionais ambiciosas, completadas pelo necessário empenho internacional que há-de trazer importantes benefícios sobretudo a médio e a longo prazo. Enfim, é necessário sair da lógica de mero consumo para promover formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos. A questão ecológica não deve ser enfrentada apenas por causa das pavorosas perspectivas que a degradação ambiental esboça no horizonte; o motivo principal há-de ser a busca duma autêntica solidariedade de dimensão mundial, inspirada pelos valores da caridade, da justiça e do bem comum. Por outro lado, como já tive ocasião de recordar, a técnica «nunca é simplesmente técnica; mas manifesta o homem e as suas aspirações ao desenvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual superação de certos condicionamentos materiais. Assim, a técnica insere-se no mandato de “cultivar e guardar a terra” (cf. Gn 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há-de ser orientada para reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente em que se deve reflectir o amor criador de Deus».


Fonte: Mensagem de Paz de Bento XVI

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O 1º ELEMENTO

Capitulo 4
Confiança
A nossa vida é influenciada pela sociedade, através dos ritmos impostos pela economia e pelas políticas locais e globais.
Nos dias que correm, assistimos a um permanente crescimento de falta de confiança nas pessoas e apodera-se de nós um sentimento de profundo vazio existencial.
Quase ninguém consegue centrar as suas forças nas questões essenciais e humanas. A nossa revolta existencial advém do simples facto de nos entregarmos à nossa própria fragilidade e fraqueza humana. Os valores do alto estão um bocado esquecidos e a nossa fé é simplesmente a nossa fé. Os dias tristes e monótonos das nossas vidas são pautados pela mera percepção de que vivemos para morrer e a partir daí nada mais existe.
Quando conhecemos verdadeiramente Cristo, ganhamos uma confiança e espaço para algo muito reconfortante que nos impulsiona para a vida e para a esperança da ressurreição. Ao ganharmos intimidade com Deus, passamos a dar valor ao que realmente importa e o sentido desta nossa vida altera-se por completo, canalizando a nossa força para o bem comum e para a realização plena e humana quer a nível pessoal, profissional e familiar. Experimentar Cristo nas nossas vidas é experimentar vencer a morte.

Paulo Gonçalves

APONTAMENTOS DA FÉ EM DEUS, PAI E ESPIRITO SANTO

Capitulo 4
Eu quero ser….
Jesus amado,
um vaso novo!

Nossa senhora pediu aos três pastorinhos para rezar o terço todos os dias.
Eu quero ser uma pessoa cada vez melhor. Sinto que tenho muitas imperfeições e ficaram-me na memória as frases que o Anjo pronunciou aos três pastorinhos.
“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam.
Paulo Gonçalves

PAPA BENTO XVI

Capitulo 7.
Infelizmente temos de constatar que um grande número de pessoas, em vários países e regiões da terra, experimenta dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável. Lembrou que «Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos». Por isso, a herança da criação pertence à humanidade inteira. Entretanto o ritmo actual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração actual, mas sobretudo para as gerações futuras. Ora não é difícil constatar como a degradação ambiental é muitas vezes o resultado da falta de projectos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses económicos, que se transformam, infelizmente, numa séria ameaça para a criação. Para contrastar tal fenómeno, na certeza de que «cada decisão económica tem consequências de carácter moral», é necessário também que a actividade económica seja mais respeitadora do ambiente. Quando se lança mão dos recursos naturais, é preciso preocupar-se com a sua preservação prevendo também os seus custos em termos ambientais e sociais, que se devem contabilizar como uma parcela essencial da actividade económica. Compete à comunidade internacional e aos governos nacionais dar os justos sinais para contrastar de modo eficaz, no uso do ambiente, as modalidades que resultem danosas para o mesmo. Para proteger o ambiente e tutelar os recursos e o clima é preciso, por um lado, agir no respeito de normas bem definidas mesmo do ponto de vista jurídico e económico e, por outro, ter em conta a solidariedade devida a quantos habitam nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras.
Capitulo 8
Na realidade, é urgente a obtenção de uma leal solidariedade entre as gerações. Os custos resultantes do uso dos recursos ambientais comuns não podem ficar a cargo das gerações futuras. «Herdeiros das gerações passadas e beneficiários do trabalho dos nossos contemporâneos, temos obrigações para com todos, e não podemos desinteressar-nos dos que virão depois de nós aumentar o círculo da família humana. A solidariedade universal é para nós não só um facto e um benefício, mas também um dever. Trata-se de uma responsabilidade que as gerações presentes têm em relação às futuras, uma responsabilidade que pertence também a cada um dos Estados e à comunidade internacional». O uso dos recursos naturais deverá verificar-se em condições tais que as vantagens imediatas não comportem consequências negativas para os seres vivos, humanos e não humanos, presentes e vindouros; que a tutela da propriedade privada não dificulte o destino universal dos bens; que a intervenção do homem não comprometa a fecundidade da terra para benefício do dia de hoje e do amanhã. Para além de uma leal solidariedade entre as gerações, há que reafirmar a urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade entre os indivíduos da mesma geração, especialmente nas relações entre os países em vias de desenvolvimento e os países altamente industrializados: «A comunidade internacional tem o imperioso dever de encontrar as vias institucionais para regular a exploração dos recursos não renováveis, com a participação também dos países pobres, de modo a planificar em conjunto o futuro». A crise ecológica manifesta a urgência de uma solidariedade que se projecte no espaço e no tempo. Com efeito, é importante reconhecer, entre as causas da crise ecológica actual, a responsabilidade histórica dos países industrializados. Contudo os países menos desenvolvidos e, de modo particular, os países emergentes não estão exonerados da sua própria responsabilidade para com a criação, porque o dever de adoptar gradualmente medidas e políticas ambientais eficazes pertence a todos. Isto poder-se-ia realizar mais facilmente se houvesse cálculos menos interesseiros na assistência, na transferência dos conhecimentos e tecnologias menos poluidoras.
Fonte: Mensagem de Paz de Bento XVI

terça-feira, 4 de maio de 2010

A MARIA

*
Obrigado mãe!
Por este dia.Pela minha vida.
Pela minha família.
Por seguires os meus passos.
Por sentir tanto a tua presença.
Por gostares tanto de mim.
Por saberes que gosto tanto de ti.
Por nunca me abandonares.
Por me conduzires a Cristo!
Para sempre seja louvado nosso senhor Jesus Cristo,
sua e nossa mãe,
Maria Santíssima !
*
PAULO GONÇALVES