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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VIDA DE FORMIGA


A formiga resmungona andava a trabalhar.
O Inverno aproximava-se e tinha que amealhar.
Apareceu-lhe o formigão para lhe falar.
- Olhe lá dona formiga, temos um banco alimentar.
- O que é isso? Perguntou.
- Muito simples, quanto mais deposita, mais o alimento duplica.
- Isso é óptimo vamos lá começar!
Sem medos foi entregando os alimentos ao formigão.
Ao fim de seis meses esperava então o juro alimentar.
O formigão, muito gordo, fê-la espantar.
- Mas então? Que é do meu alimento?
- Olhe, tive que arrecadar. Trabalhou tanto que não o consegui carregar, por isso fui comendo para me aliviar.
- E agora? Quero o meu alimento!
- O seu alimento, irei entregar. O juro, não posso pagar, pois foi recompensa por, o arrecadar.
- Maldito! Tanto que trabalhei devia ter o dobro.
- Não seja gananciosa. Tudo se ia estragar.
- Não interessa, ficava com a despensa a abarrotar.
- E depois?
- Atirava ao mar e voltava a trabalhar.
- Prefere então estragar ao invés de matar-me a fome?!
- Pois, não queres trabalhar.
- Isso é falso. Pois não tive que guardar?
- Não adianta, contigo não quero falar. Estás-me a arreliar.
De imediato uma ventania se levantou que pela casa entrou e em todo o alimento pegou.
- Veja formiga tudo se perdeu! Por sua culpa! Agora vou ter que trabalhar!
- Pois! Eu também! A culpa é sua que não cumpriu a sua palavra e em si confiei!
- Bem agora não podemos fazer nada a não ser trabalhar se quisermos sobreviver.
E lá foram ambos trabalhar! A ajuda, mútua não puderam dispensar. Talvez tenham aprendido que quem tudo quer, tudo perde e a conquista não poderá vingar quando cada um, honestamente, não deseja trabalhar.

Paulo Gonçalves


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