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Dirty
Dancing
Via, um
destes dias, no canal vh1, um videoclip do filme Dirty Dancing e a emoção
acercou-se de mim. Este filme datado de 1987 fez furor nas salas de cinema,
sendo um enorme sucesso de bilheteira. Era eu, então, um jovem de 21 anos e
esta película não me passou ao lado, de resto como a muitos outros da minha
idade. O sonho e a ilusão acalentavam o meu ser e o desejo de viver uma relação
como a vivida pelos protagonistas do filme era algo de verdadeiramente
fascinante para mim. As músicas deste filme faziam as minhas delícias e só de
as ouvir sentia vontade de dançar. Em suma este foi um dos filmes que me caíram
no goto.
Hoje,
assistindo ao clip, passados vinte e cinco anos e sabendo que um dos
protagonistas já faleceu, não pude deixar de me sentir comovido. Como eu era
feliz, nos anos oitenta, vivendo a minha juventude. Como sinto saudades deste
tempo e como não poderei explicar o facto de não poder estar triste por tudo
isto já ter passado? Pela simples certeza de que o vivi, outros não. Pela
simples certeza de estar vivo, outros não. Pela certeza de que apesar de ter
saudades, de viver no presente outras emoções e ter construído, na minha vida,
outras realidades que me fazem um homem de 45 anos feliz tais como; A minha
família, esposa e filhos, bem mais precioso que um homem pode desejar, sendo
que a base de tudo isso é o ser mais amoroso que me ama, a mim e aos meus, esse
meu querido amigo que é Jesus. Posto isto chorar porquê?
Paulo
Gonçalves
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