A casa do eco
Era térrea e muito bela.
Guardo a saudade em mim.
Fui feliz, dentro dela.
Jamais terei outra assim.
De parede branca, fina e pura,
Como a pétala da mais bela flor,
Tão grande era a sua lisura.
Como alvo o seu interior.
Tinha duas janelas vidradas.
Delas cintilava um azul... Celestial!
Parecia uma luz, enviada do céu.
Pintada num Santo vitral!
Cor purpúrea, finamente desbotada.
Aquela porta, de estranha dimensão.
Estava aberta… Sem fechadura.
Semelhante, a um coração!
As telhas eram finas e escuras.
De feitio ligeiramente ondulado.
A chuva e o vento as esmaeceram.
Espelhavam da lua o prateado!
O som que emitia era belo.
Eco, que do tempo vem.
Vindo de suas entranhas.
O grito quando nasci…MÃE…!
Raízes M / Peniche
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