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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SAN PEDRO DE ALCÂNTARA

Capitulo 4
As razões que levaram à perda do San Pedro de Alcantara não são muito claras. De acordo com as fontes da época o tempo estava calmo, com uma noite clara e o mar sereno. O que é provável é que com a excessiva carga, o navio tenha ficado muito difícil de manobrar, e com as imprecisas técnicas de navegação da época é possível que um pequeno erro de cálculo o tenha levado até à costa de Peniche e a difícil manobra de evasão aos rochedos se tenha revelado demasiado difícil e tardia.
Para além disto, um estudo efectuado pelo Serviço Hidrográfico da marinha de Brest, em França e pela astrónoma Dra. Alfredina do Campo, do Observatório Astronómico da Ajuda em Lisboa, permitem saber que em 2 de Fevereiro de 1786 pelas 22h30, Peniche observaria uma maré extremamente baixa.
Estes dois factores devem ter determinado de forma definitiva o destino do San Pedro de Alcântara.
Mas a tragédia deste navio não terminaria aqui. O transporte do espólio recuperado na Papôa foi transportado por terra até Peniche de Baixo, na oposta extremidade Sudeste da Península. Este seria carregado na Balandra Espanhola El Vencejo que a caminho de Cádiz naufragaria junto à costa, na Baía que liga a Consolação a Peniche, com a perda de mais 92 vidas.
No entanto deste naufrágio seria recuperada a carga. Este naufrágio foi amplamente documentado na época e nos mais de 200 anos seguintes até à actualidade, como comprovam as mais de 40 000 referências nos arquivos de Sevilha, das inúmeras referências em periódicos da época e nos diversos trabalhos de investigação que motivou, especialmente os realizados pelos seus maiores investigadores, Dr. Jean-Yves Blot e Maria Luisa Pinheiro-Blot.
Fonte de pesquisa: http://nautarch.tamu.edu/shiplab

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