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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

OLHO DE PÁSSARO

“A OITAVA PRAIA DE PENICHE”

     A actividade piscatória estava no seu apogeu: era premente criar espaço navegável no porto de pesca. A evolução dos tempos não se compadecia com o retrato que Peniche guardava da tão querida ribeira. A falta de segurança marcou uma época para os pescadores que tantas lágrimas contaram aos seus antepassados ao entrar na barra.
       A velha ribeira olhou-se com outro rosto; o molhe oeste alongou-se para o mar, o cais galgou sobre as rochas, o extenso areal foi trocado por betão, a bacia dragada de areias e lodo.  
        Porem, o Homem, contrariou o percurso natural do mar, que se estendia até ao areal. Sentimos quando caminhamos no molhe oeste, e sob este, escutamos o seu queixume, acusando quem o amordaçou.  
        Bateu...bateu! Ironicamente trespassou a raiz da estrutura, arrastando consigo água e areia fina.
       Com o andar do tempo, cresceu a “oitava praia”, onde o mar se espraia: orgulhoso, por ter ganho ao Homem tão dura batalha.

Raízes M/Peniche

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