BERLENGAS
“ILHA DE SONHOS”
Não estava acordada;
Deitada na areia. Sonhava!
Vivia nas Berlengas
Só por mim habitada.
Minha casa era o nevoeiro
Sua cobertura a lua
Nasceu o sol...
...Este se esvaiu.
Eu vivia na rua!
Meu jardim era algas.
Eu era o jardineiro
Dei beijos ternos
Àquelas que brotaram primeiro
Os peixes eram meus filhos
As pedras o meu pão
O mar o meu vinho
O sal, meu guião
Acordei do sonho...
Vi gente...
Vi o mar, de um azul...
Que jamais vi.
Nele nadava um golfinho
Vi rochas e armérias
E também um airinho
Vi gaivotas em voo rasante,
Defendendo o seu ninho.
Saí do inebrio sonho
Entrei no inebrio real.
Fiquei feliz por as Berlengas,
Não serem só minhas.
Mas de todos afinal.
Conchita
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