Abismo
Porque é que teimo em me deitar
Nesta cama de rasgados e ásperos lençóis.
Onde afundo a minha alma
…Para morrer depois.
Porque me comprometo e me torturo?
Se com este sentimento impuro.
Me vou desgraçando em vida,
E não encontro o que procuro.
Vou semeando o receio
Por pura e pesada consciência
Perdendo-me em devaneio
Comprometendo a minha existência
Para minha grande consolação
Resta-me a certeza.
Dessa tua imensidão
Que resgata o meu coração!
Paulo Gonçalves
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