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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 10
Último

Peniche ficou mais vazio. Peniche sente a sua falta. Teve um funeral muito expressivo.
Este homem merecia tudo e muito mais. Muitos dizem; matou a fome a muita gente! É verdade. Outros dizem; Foi um padre rigoroso! É verdade. Outros adiantam; Foi um padre com muitas regras! É Verdade. Outros dizem; Foi um padre firme! É verdade. Outros dizem; FOI UM HOMEM SANTO COM MUITO AMOR! É verdade. Ninguém lhe ficava indiferente.
Peniche perdeu um santo homem mas ganhou um santo no céu! Ele amou muito este povo e o seu amor não acabou! Continua…
Retrospectiva
D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, presidiu em Peniche às exéquias de Monsenhor Manuel Bastos, falecido no dia 12 de Junho de 2010, aos 88 anos de idade.
Monsenhor Manuel Bastos Rodrigues de Sousa destacou-se pela sua acção social e pela sua atenção aos pescadores e aos emigrantes da terra. Foi responsável, até Setembro de 2008, pela paróquia de Peniche.
D. Tomás da Silva Nunes, Bispo Auxiliar de Lisboa sublinhou a generosidade de Monsenhor Bastos e as obras que deixou.
“Foi um homem completamente desprendido de si próprio. De uma generosidade que a todos nós interpela”, referiu à Renascença.
Entre a obra social, destaca-se a “Sopa dos Pobres”, nas décadas de 40 e 50.
Manuel Bastos Rodrigues de Sousa nasceu a 5 de Maio de 1922 em Mataduços, freguesia e Paróquia de Esgueira, concelho de Aveiro, tendo sido ordenado sacerdote em 6 de Julho de 1947.
Frequentou os Seminários de Santarém (1936-1938), Almada (1938-1941) e Olivais (1941-1947), tendo sido ordenado a 6 de Julho de 1947.
A 14 de Setembro desse ano foi como Pároco para Peniche, paróquia pelo qual foi responsável até Setembro de 2008.
Ao longo da sua vida sacerdotal foi capelão da Cadeia do Forte de Peniche e do Porto de Pesca local, - professor de EMRC, membro da Comissão Nacional de justiça e Paz e impulsionador do Stella Maris (Apostolado do Mar), entre outras actividades.
“Ao longo dos sessenta e dois anos em que foi Pároco de Peniche marcou profundamente o panorama social da cidade, ultrapassando claramente as responsabilidades meramente religiosas, inerentes à função”, refere um comunicado do Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara de Peniche
O município lembra, para além da referida “sopa dos pobres” a criação do Lar de Santa Maria (1956).
“Especialmente atento aos que mais necessitam (crianças, idosos, reclusos, doentes, etc.), dedicou também particular atenção aos homens do mar e seu meio ambiente e à diáspora penicheira espalhada por Portugal e pelo mundo”, refere ainda a nota.
Monsenhor Manuel Bastos era membro da Irmandade de São Pedro do Clero do Patriarcado de Lisboa.
Diz a canção de Frei Hermano da Câmara, tocada em todas as noites da Procissão no Mar, muito a gosto de Monsenhor Bastos.
“O Céu! O Céu! O Céu! Onde um dia, eu irei ter…
Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

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