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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O NASCIMENTO DO NATAL

O NASCIMENTO DO NATAL
   Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. E iam todos recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria, sua mulher, que se encontrava grávida. E quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. Na mesma região encontravam-se pastores, que pernoitavam nos campos guardando os seus rebanhos durante a noite. O anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, e tiveram muito medo. Disse-lhes o anjo: “Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor. Isto vos servirá de sinal para o identificardes: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” De repente, juntou-se ao anjo uma multidão de exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
        Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de Seu agrado.” Quando os anjos se afastaram em direcção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos então até Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.” Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o Menino, deitado na manjedoura. E quando os viram, começaram a espalhar o que lhes tinham dito a respeito daquele Menino. Todos os que os ouviram se admiraram do que lhes disseram os pastores. Quanto a Maria, conservava todas essas coisas ponderando-as no seu coração. Os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, segundo lhes fora anunciado.
(Lucas 2,1-20)

COISAS DE POESIA

Noite de luz

Noite divina
Luz cristalina
Que me conduz
Ao teu nascimento…
Jesus!
Pobre menino
Em palhas deitado.
Dorme menino.
Nascido de amor
Do Deus criador.
Maria, graça plena
Divina mãe
Que se entrega no amor
Para nos conduzir a Nosso Senhor.
Noite de paz.
Noite de luz.
Em Belém…
Nasceu Jesus!

Paulo Gonçalves

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O 1º ELEMENTO (2ª SÉRIE)

Capitulo 18
Natal

Vivemos um Natal baseado no consumismo. A publicidade apela às crianças de uma forma violenta e feroz. A imagem de que o Pai Natal vai oferecer tudo o que se lhe pede é bem marcante. Hoje se perguntarmos a uma criança o que significa, para ela, o Natal, a resposta mais provável é; que é altura de receber presentes! No meio de tudo isto, onde é que ficou o verdadeiro sentido e significado do Natal? Começa a ser “lugar-comum” interrogarmo-nos acerca disto! O nascimento do Menino Jesus parece esquecido no meio de todo este consumismo e como se isso não bastasse também toda a sua mensagem. Enalteçamos aquela célebre frase, “Não esqueças o principal, coloca Jesus no teu Natal”

Paulo Gonçalves

Stille Nacht (Silent Night ) Especial Natal

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 10
Último
No que se refere a Portugal, não é nenhum exagero dizer que em aqui foram feitos alguns dos mais belos presépios de todo o mundo, sendo de destacar os realizados pelos escultores e barristas Machada de Castro e António Ferreira, no século XVIII. 
Actualmente, infelizmente, o costume de armar o presépio, tanto em locais públicos como particulares, ainda se mantém em muitos países europeus. Contudo, com o surgimento da árvore da Natal, os presépios, cada vez mais, ocupam um lugar secundário nas tradições natalícias.
Fonte: Natal Todos os Dias

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O NATAL É...

4
O Natal reveste-se de magia. O Natal torna-nos crianças de novo.
No Natal sonhamos com um mundo melhor. No Natal lembramos Jesus Cristo.

Paulo Gonçalves

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 9
Entre os presépios mais conhecidos, é de salientar os presépios napolitanos, estes surgiram no século XVIII, nestes podiam observar-se várias cenas do quotidiano, mas o mais importante era a qualidade extraordinária das suas figuras, só a título de exemplo, os Reis Magos eram vestidos com sedas ricamente bordadas e usavam jóias muito trabalhadas.
 Fonte: Natal Todos os Dias

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 8
A criação do cenário que hoje é conhecido como presépio, provavelmente, deu-se já no século XVI. Segundo o inventário do Castelo de Piccolomini em Celano, o primeiro presépio criado num lar particular surgiu em 1567, na casa da Duquesa de Amalfi, Constanza Piccolomini.

No século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica (incluindo Portugal).

De e Fonte: Natal Todos os Dias

OS SANTOS DA SEMANA

26.12.10 – Sto. Estêvão
27.12.10 – S. João Evangelista
28.12.10 – Santos Inocentes
29.12.10 – S. Tomás Becket
30.12.10 – S. Sabrino
31.12.10 – S. Silvestre I, Papa
01.01.11 – Santa Maria, Mãe de deus
Paulo Gonçalves

A FRASE DA SEMANA

Quando rezas agarras no cordão que te liga a Deus.
(Paulo Gonçalves)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 7
A característica mais importante de um presépio e a que mais facilmente permite distingui-lo das restantes representações da Natividade, é a sua mobilidade, o presépio é modificável, neste com as mesmas peças pode recriar-se os diferentes episódios que marcam a época natalícia.
 Fonte: Natal Todos os Dias

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 6
É, nos finais do século XV, graças a um desejo crescente de fazer reconstruções plásticas  da Natividade, que as figuras de Natal se libertam das paredes das igrejas, surgindo em pequenas figuras. Estas figuras, devido à sua plasticidade, podem ser observadas de todos os ângulos; outra característica destas é a de serem soltas, o que permite criar cenas diferentes com os mesmas figuras. Surgem, assim, os presépios.
 Fonte: Natal Todos os Dias

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A LUZ DO NATAL

Um Conto de Natal

O frio apertava naquela longa noite, as ruas estavam desertas, as luzes de várias cores pareciam tristes na sua solidão, a azáfama das últimas compras já acabara. Algures ouviam-se sons celestiais que provinham dos lares, alegadamente, felizes. Vagueando estava, quem nada tinha. Os cafés estavam fechados. Sentindo-se sozinho ansiava por encontrar alguém com quem conversar. Do bolso retirou uma antiga fotografia da família, ainda, feliz. Rapidamente brotaram-lhes lágrimas dos olhos. De repente guardou a foto que só lhe trazia sofrimento e saudade. Voltou à sua lenta caminhada nocturna, ao longe avistou uma luz que o impeliu a segui-la, nem queria acreditar ainda estava um café aberto. Aproximou-se, o estabelecimento estava vazio, só avistou um senhor, aparentemente de meia-idade,  que arrumava as mesas.
- Boa noite. Posso entrar?
- Entre, mas por pouco tempo, vou fechar. Respondeu o senhor que supostamente seria o dono do estabelecimento.
- Está um frio terrível!
- Quer beber alguma coisa? Hoje ofereço um cafezinho.
- Sendo assim aceito! Bem preciso.
- Homem…que faz na rua em plena noite de Natal? Não tem família?
- A minha família não quer saber de mim. Respondeu com amargura.
- Porquê?
- Porque tratei-a muito mal…
Perante estas palavras o homem ficou muito pensativo e algo emocionado.
- Disse algo de mal?
-Não, só me fez lembrar o meu caso.
- Também não tem família?
- Que acha que faço aqui esta noite? Já todos estão em casa com as suas famílias no aconchego dos seus lares. Estou por aqui porque ninguém me espera. Ir para casa faz-me sofrer!
- Porquê? – Interrogou.
- A minha mulher e os meus filhos perderam a vida num acidente!
- Meu Deus! Lamento.
- Para piorar tudo eu, nesse fatídico dia, tinha tido uma grande discussão com a minha mulher pois cheguei a casa embriagado. Ofendi e maltratei quem tanto amava…
Perante pesada consciência, as lágrimas já lhe rolavam no rosto. Continuou:
- …Ela, desesperada com a repetida cena, saiu com as crianças e o destino encarregou-se do resto.
 Perante estas palavras, o cliente, comovido, levantou-se dizendo;
- Jesus, Maria e José! Tenho mesmo que ir!
- Então homem? Não bebe o café?
- Não consigo, tenho que recuperar o meu Natal enquanto é tempo. Obrigado senhor! Obrigado! Desejo que seja feliz pois fez-me ver hoje o quanto tenho sido egoísta e mau.
E dizendo isto correu em direcção à saída, tendo tempo para uma breve paragem junto à porta. Voltou-se para o interior e indagou…
- Homem… venha comigo! Hoje Cristo cruzou-se no meu caminho, vamos passar juntos, a noite de Natal!
- Obrigado, quem sabe talvez para o ano. Boa sorte e Feliz Natal.
- Feliz Natal!
Apressadamente o homem avançou para a rua e ainda olhou para trás. Abismado, já não avistou luz alguma. A porta estava fechada e nem sequer havia sinal de um café por ali, só o frio e a escuridão reinavam…
Tomou o seu rumo seguindo agora a sua luz interior, aquela que flamejava na sua alma agora esperançosa e inundada de valores outrora adormecidos.

Paulo Gonçalves

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 5

Este acontecimento faz com que muitas vezes S. Francisco seja visto como o criador dos presépios, contudo, a verdade é que os presépios tal como os conhecemos hoje só surgiram mais tarde, três séculos depois. Embora não considerado o criador dos presépios (depende do ponto de vista), é indiscutível que se o seu contributo foi importantíssimo para o crescimento do gosto pelas recriações da Natividade e, consequentemente, para o aparecimento dos presépios.

No século XV, surgem algumas representações do nascimento de Cristo, contudo, estas representações não eram modificáveis e estáticas, ao contrário dos presépios, onde as peças são independentes entre si e, desta forma, modificáveis.
Fonte: Natal Todos os Dias

domingo, 12 de dezembro de 2010

COISAS DE POESIA

Pobreza

Criança pobre
Vive na rua
Palmilha o chão
Sem casa sua

Criança pobre
À fome forçada
Não tem de comer
Vive de nada

Criança pobre
De afectos esquecidos
Nada reclama
Tem sonhos perdidos

Criança pobre
À vida atirada
Tinha tudo
Ficou sem nada

Criança pobre
Sem rumo a nada
Enfrenta a má sorte
Pelos Homens criada.

Raízes M/Peniche

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 4
Passados 9 séculos, no século XIII, mais precisamente no ano de 1223,  S. Francisco de Assis decidiu celebrar a missa da véspera de Natal com os cidadãos de Assis de forma diferente. Assim, esta missa, em vez de ser celebrada no interior de uma igreja, foi celebrada numa gruta, que se situava na floresta de Greccio (ou Grécio), que se situava perto da cidade. S. Francisco transportou para essa gruta um boi e um burro reais e feno, para além disto também colocou na gruta as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de S. José. Com isto, o Santo pretendeu tornar mais acessível e clara, para os cidadãos de Assis, a celebração do Natal, só assim as pessoas puderam visualizar o que verdadeiramente se passou em Belém durante o nascimento de Jesus.
Fonte: Natal Todos os Dias

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

NATAL DE HOJE

Somos “bombardeados”, constantemente, nesta época natalícia, com diversos anúncios alusivos à data e que apelam ao consumismo. Normalmente são dirigidos às crianças e suas famílias com vista a satisfazer o consumo muito elevado e a vários níveis. Deparamo-nos, normalmente, com o Pai Natal como promotor de todas estas ofertas. Em resultado disto, por diversas vezes, interrogo-me acerca do objectivo da nossa celebração. Parece que no Natal quem faz anos é o Pai Natal. Afinal onde fica o Menino Jesus? O seu nascimento? A Sagrada Família? O que é o Natal afinal? Se olharmos para o calendário, no dia 25 celebra-se o Nascimento de Jesus Cristo, independentemente de a data estar certa ou não, é isto que celebramos sendo um real motivo de esperança e alegria para o mundo cristão. Se assim é, porque motivo é que deixámos que esta celebração se transformasse num desenfreado momento de consumismo, relegando para segundo plano o Menino Jesus?


Paulo Gonçalves

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 3
O nascimento de Jesus começou a ser celebrado no século III, data das primeiras peregrinações a Belém, para se visitar o local onde Jesus nasceu.

Desde o século IV, começaram a surgir representações do nascimento de Jesus em pinturas, relevos ou frescos.
Fonte: Natal Todos os Dias

A FRASE DA SEMANA

A tua liberdade é limitada pelo respeito que tens que ter pelos outros e por ti mesmo.
(Paulo Gonçalves)

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 50)
12.12.10 – Stª. Joana de Chantal
13.12.10 – Sta. Luzia
14.12.10 – S. João da Cruz
15.12.10 – Sta. Cristina
16.12.10 – Sta. Alice
17.12.10 – Floriano
18.12.10 – S. Desidério
Paulo Gonçalves

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mariah Carey - All I Want For Christmas Is You

NATAL SOLIDÁRIO

Temos sempre em mente, nesta época natalícia, os mais necessitados, os desprotegidos e carentes de amor e de bens.
A nossa sociedade marginaliza pessoas e impede-lhes os direitos mais básicos à existência de cada um, estes são os marginalizados da sociedade vitimas de tudo e mais alguma coisa que o destino lhes impôs.
Temos o dever de olhar para este nosso irmão com o olhar de Cristo. Que tal se visualizássemos nele o próprio Cristo? E que tal se o fizéssemos durante todo o ano?
As superfícies comerciais estão envolvidas em várias campanhas de solidariedade, poderíamos começar por aí, não custa assim tanto. Partilhar ajudando quem mais necessita á algo que todos devíamos fazer. Um dia podemos ser nós a necessitar de apoio. É urgente lutar contra a pobreza. É urgente acabar com a exclusão social. É urgente tornar este nosso mundo num mundo de amor ou seja um mundo cristão!

Paulo Gonçalves

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 49)


05.12.10 – Santos Bispos de Braga

06.12.10 – S. Nicolau

07.12.10 – S. Ambrósio

08.12.10 – Imaculada Conceição

09.12.10 – Stª Leocádia

10.12.10 – Nossa Senhora do Loreto

11.12.10 – S. Dâmaso

Paulo Gonçalves

A FRASE DA SEMANA

Valorizar os dias é agradecer a Deus.


(Paulo Gonçalves)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O 1º ELEMENTO (2ª SÉRIE)

Capitulo 17
Exclusão Social
Neste nosso mundo de perfeições, tudo parece que pode ser perfeito;
Temos as dietas para a saúde e corpos perfeitos. As correrias e caminhadas para nos mantermos jovens. As plásticas, o Fitness, o Botox e os Anti-Rugas, entre montes de cosméticos para retardarem os efeitos do envelhecimento. As comidas, preferencialmente grelhadas, magras e muitas isentas de sabor. Tudo em nome da linha que a sociedade nos impõe. A par disto, os nossos santuários são os Centros Comerciais para melhorarmos a nossa imagem com uns trapinhos novos. Porque estar na moda é fundamental para a não exclusão.
É caso para perguntar; E o resto? Onde ficaram os princípios? Onde ficaram as tradições?
Onde ficou a vontade de pensar no outro que não nós mesmos? Como olhamos para aqueles que não tem regras, educação, comida, e roupas? Que dizer das crianças abusadas, famintas de sonho, espancadas pelos próprios pais e sem uma réstia de esperança nos seus horizontes? Que dizer quando se vê uma criança tão mal tratada, tão excluída, tão triste?! Como fica a tua consciência? Essa mesma que te manda aos Vivacis, Arenas e outros tantos sítios, consumir até coisas que não precisas e que o dinheiro que usas daria para fazer uma destas crianças sorrir, sonhar, viver um pouco mais…
Eu não me excluo disto e falo pela minha própria consciência. As lágrimas por vezes rolam perante a realidade. Que Jesus nos clarifique a mente e nos faça sentir a verdadeira vontade de amar o próximo, tal como ele nos, tanto, amou!

Paulo Gonçalves

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OLHO DE PÁSSARO

“Homem do Mar”

Decorridos dezoito anos da inauguração do monumento em homenagem ao”Homem do mar” (1982), sito na Ribeira Velha de Peniche. É lamentável que ainda hoje, faça eco entre as pessoas, que desconhecendo a simbologia e o espírito envolvente desta obra, teçam comentários depreciativos (acerca da sua aparência física), comparando com figuras típicas da nossa terra.

Não é demais relembrar o nosso passado: Em épocas remotas, Peniche nasceu ilha. Por força da natureza, viria a formar-se na península que é hoje. Ao longo dos tempos, desenvolveu como principal fonte de riqueza a exploração dos recursos marinhos. Somos frutos das mais diversas culturas da orla costeira ocidental da Península Ibérica. Orgulhamo-nos em ter nascido à beira mar, e de sermos filhos de pescadores. Queremos conservar a nossa identidade histórico-cultural, assim como a dos nossos antepassados que desbravaram terras do além-mar, e com a de tantos outros, que das mais diversas formas, fazem do mar a sua sobrevivência económica.
             E pertinente que este “Homem do mar”, seja olhado como outros olhos. Pois, que numa lápide, uma simples frase explicativa, faria a diferença.


Raízes M/Peniche

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

10 (Último da 1ª série)
Em 1925 foi criado o Instituto de Orientação Profissional para conhecimento do mercado de trabalho. Decorria ainda o regime republicano e eram realizados, aos trabalhadores, inquéritos sobre as suas condições de vida. Até aos anos 70, os salários são muito baixos mas surgem já os primeiros cursos de bacharelato e ciências do trabalho. Nos anos 80, as empresas preocupam-se com a qualidade e produtividade e hoje a situação é muito diferente. A formação é essencial, quer para funcionário, quer para o patronato. As exigências de mercado são outras e as empresas são mais competitivas. Esta competitividade, passa pela exigência de mão-de-obra qualificada.
Cada vez mais, combatemos, o analfabetismo. Não podemos matar e anular o facto, de sermos puramente humanos, por mais tecnológicos que queiramos ser.
Paulo Gonçalves

( O MEU CANTINHO SOLITÁRIO REGRESSA EM JANEIRO)

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 2
Os primeiros presépios surgiram em Itália, no século XVI, o seu surgimento foi motivado por dois tipos de representações da Natividade (do nascimento de Cristo): a plástica e a teatral. A primeira, a representação plástica,  situa-se no final do século IV, esta surgiu com Santa Helena, mãe do Imperador Constantino; da segunda, a teatral, os registos mais antigos que se tem conhecimento são século XIII, com S. Francisco de Assis, este último, na mesma representação, também contribui para a representação plástica, já que fez uma mistura de personagens reais e de imagens. Embora seja indubitável a importância destas representações da Natividade para o aparecimento dos presépios, elas não constituem verdadeiros presépios.
 Fonte: Natal Todos os Dias
Paulo Gonçalves

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 48)

28.11.10 – S. Estêvão menor
29.11.10 – S. Saturnino
30.11.10 – Sto. André
01.12.10 – S. Eloi
02.12.10 – S. Parciano
03.12.10 – S. Francisco Xavier
04.12.10 – S. João Damasceno
Paulo Gonçalves

A FRASE DA SEMANA

Se eu fizer dos meus braços os braços de Cristo, serei verdadeiramente cristão.
(Paulo Gonçalves)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OBRA DE DEUS

A trovoada estava zangada. A revolta fazia-lhe descarregar as suas amarguras, muito embora não entendesse porque motivo se sentia assim naquela tarde ventosa.
A nuvem indignada questiona;
- Porque estás assim, trovoada? Tanto gemido, tanto grito, tanta revolta!?
- Estou arreliada! É por causa do vento! Nunca tem tempo para nada! Anda sempre numa correria desgraçada! Brrummm! Brrummm! Brrummm!
O vento não liga, de momento…
 Justificando num lamento.
- Tenho pena, mas sou assim! Que fazer? Ai de mim, que me canso constantemente! Estou com pressa permanente. Renovo o ar e transporto a semente. Por isso estou contente! Não te preocupes, trovoada. És prenúncio de chuva, que dá vida ao que transporto! Bem te podes zangar! É bom ouvir os gritos, teus! Pois tens obra para realizar! Segundo a vontade de Deus!
A trovoada já mais aliviada, no entanto intrigada, não pode deixar de questionar tão dignificante avaliação.
- Quem és tu afinal para avaliares a vontade de Deus?!
Ao que o vento respondeu:
- Eu sou a sua força! Sou a sua energia! E de dentro de si vim. Pois das suas narinas nasci e abro o caminho para ti!
- Para mim?
- Sim para ti. A nuvem tua mãe, não pára de se deslocar, por mim empurrada, alimentando-se no mar e juntamente com o sol energia vai buscar. A água de si jorra, aos campos indo parar, germinando as sementes que tive que transportar. Os teus gritos descarregam energia acumulada, prevendo grande banquete para a terra, reservada. Todos os seres se alimentam, mediante obra divina. Sejam dignos de o entenderem e respeitarem a lei da vida.
A trovoada estava estupefacta com tamanha sabedoria, acabara de perceber o que antes não entendia e sentindo-se orgulhosa de seu importante papel, agradeceu ao vento, seu amigo fiel.
A nuvem comovida desatou a chorar, regando assim os campos, que segundo vontade de Deus, na Primavera, de vida, irão brotar.

Paulo Gonçalves

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 10
Último

Peniche ficou mais vazio. Peniche sente a sua falta. Teve um funeral muito expressivo.
Este homem merecia tudo e muito mais. Muitos dizem; matou a fome a muita gente! É verdade. Outros dizem; Foi um padre rigoroso! É verdade. Outros adiantam; Foi um padre com muitas regras! É Verdade. Outros dizem; Foi um padre firme! É verdade. Outros dizem; FOI UM HOMEM SANTO COM MUITO AMOR! É verdade. Ninguém lhe ficava indiferente.
Peniche perdeu um santo homem mas ganhou um santo no céu! Ele amou muito este povo e o seu amor não acabou! Continua…
Retrospectiva
D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, presidiu em Peniche às exéquias de Monsenhor Manuel Bastos, falecido no dia 12 de Junho de 2010, aos 88 anos de idade.
Monsenhor Manuel Bastos Rodrigues de Sousa destacou-se pela sua acção social e pela sua atenção aos pescadores e aos emigrantes da terra. Foi responsável, até Setembro de 2008, pela paróquia de Peniche.
D. Tomás da Silva Nunes, Bispo Auxiliar de Lisboa sublinhou a generosidade de Monsenhor Bastos e as obras que deixou.
“Foi um homem completamente desprendido de si próprio. De uma generosidade que a todos nós interpela”, referiu à Renascença.
Entre a obra social, destaca-se a “Sopa dos Pobres”, nas décadas de 40 e 50.
Manuel Bastos Rodrigues de Sousa nasceu a 5 de Maio de 1922 em Mataduços, freguesia e Paróquia de Esgueira, concelho de Aveiro, tendo sido ordenado sacerdote em 6 de Julho de 1947.
Frequentou os Seminários de Santarém (1936-1938), Almada (1938-1941) e Olivais (1941-1947), tendo sido ordenado a 6 de Julho de 1947.
A 14 de Setembro desse ano foi como Pároco para Peniche, paróquia pelo qual foi responsável até Setembro de 2008.
Ao longo da sua vida sacerdotal foi capelão da Cadeia do Forte de Peniche e do Porto de Pesca local, - professor de EMRC, membro da Comissão Nacional de justiça e Paz e impulsionador do Stella Maris (Apostolado do Mar), entre outras actividades.
“Ao longo dos sessenta e dois anos em que foi Pároco de Peniche marcou profundamente o panorama social da cidade, ultrapassando claramente as responsabilidades meramente religiosas, inerentes à função”, refere um comunicado do Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara de Peniche
O município lembra, para além da referida “sopa dos pobres” a criação do Lar de Santa Maria (1956).
“Especialmente atento aos que mais necessitam (crianças, idosos, reclusos, doentes, etc.), dedicou também particular atenção aos homens do mar e seu meio ambiente e à diáspora penicheira espalhada por Portugal e pelo mundo”, refere ainda a nota.
Monsenhor Manuel Bastos era membro da Irmandade de São Pedro do Clero do Patriarcado de Lisboa.
Diz a canção de Frei Hermano da Câmara, tocada em todas as noites da Procissão no Mar, muito a gosto de Monsenhor Bastos.
“O Céu! O Céu! O Céu! Onde um dia, eu irei ter…
Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

9
A evolução tecnológica passa por todos os equipamentos, tem sido grande e aliada à formação dos funcionários, permite um aumento da produtividade, reduzindo o tempo na conclusão do trabalho. Antigamente escreviam-se cartas à mão, posteriormente passou-se para a máquina de escrever e hoje através do Word escreve-se uma carta de forma mais rápida e que pode ser enviada por fax ou e-mail. Todos os documentos podem ainda ser enviados para uma pasta de partilha. Hoje e através da internet posso falar com alguém do outro lado do planeta. As empresas podem fazer reuniões utilizando a videoconferência o que permite a redução de gastos com viagens, economia de tempo com tomadas de decisões em tempo real. Podem participar múltiplas pessoas independentemente da distância entre elas, sempre com aumento de eficiência e redução de custos e tempo.
Vivemos num tempo em que tudo se ganha. Tudo se rentabiliza. Estamos todos mais felizes!
Paulo Gonçalves

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 47)


21.11.10 – Apresentação de Maria
22.11.10 – Stª Cecília
23.11.10 – S. Clemente
24.11.10 – S. João da Cruz
25.11.10 – Sta. Catarina
26.11.10 –S.João Berchmans
27.11.10 – Sta. Odete
Paulo Gonçalves

A FRASE DA SEMANA

Cuidar da terra é respeitar Deus.

(Paulo Gonçalves)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O PRESÉPIO DE BELÉM

Capitulo 1
A palavra “presépio” significa “um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo”. Contudo, esta também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José, uma vaca e um jumento. Por vezes acrescentam-se outras figuras como pastores, ovelhas, anjos, os Reis Magos, entre outros. Os presépios são expostos não só em Igrejas mas também em casas particulares e até mesmo em muitos locais públicos.
Fonte: Natal Todos os Dias
Paulo Gonçalves

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 9

Em Peniche as suas marcas são visíveis; Uma avenida com o seu nome, um monumento a Nossa Senhora da Boa Viagem e todo o património que foi sendo criado por si em prol do bem-estar, da educação, da fé, do desporto e do amor em Cristo.
Marcou muitas gerações. É de facto, uma figura incontornável. Alguém que nunca esquecerei, porque em momentos de solidão e algo confusos foi, para mim, um farol orientador.
Hoje, muito do que sou, aprendi através dos seus ensinamentos, das suas palavras, da sua postura, da sua maneira muito cristã de dar amor. Nunca esquecerei as suas homilias em que por diversas vezes dizia: Nenhuma criança deste mundo deveria saber o que é sentir fome. No mundo existe alimento suficiente para todos, menos para alimentar a ganância de alguns! Ai meu povo que te perdes no que não é essencial. Só em Deus é possível ser feliz. Só em Deus é possível ser amor. Só em Deus é possível dar Amor!
Fez-me chorar por diversas vezes. Fez com que amasse cada vez mais a Cristo e Maria. Por ele senti muitas vezes o quanto me amavam, o quanto não desistem de mim.
Amor foi o que demonstrou por todos. Toda a sua vida foi evangelização.


Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

8
Desde meados do século 20, o horário de trabalho tem tendência a uma redução progressiva. Nos anos 80 e 90, tende a flexibilizar-se com turnos e tempos de trabalho variáveis ou parciais de forma a conseguir uma máxima produtividade. Em 1986, Portugal, adere à Comunidade Europeia (CEE) verificando-se um grande salto qualitativo em termos das infra-estruturas necessárias no nosso país com base nos fundos comunitários. Com o incremento a nível económico repercutiu-se em termos sociais, e na verdade a sociedade mudou. Neste momento, seria bom reflectirmos sobre a evolução actual. Será que, neste momento, evoluímos?
Paulo Gonçalves

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 8

Mais recentemente, o clube “Stella Maris” foi sujeito a uma profunda remodelação por todas as salas, café e secretaria paroquial. A igreja de Nossa Senhora de Ajuda sofreu também uma ampla remodelação, um grande desejo de Monsenhor Bastos. Deu-se também início à construção do novo Lar de Santa Maria.
Tinha um grande carinho pelos diversos grupos; Escuteiros, Acólitos, Corais, Cursos de Cristandade, Apostolado do Mar, Catequeses, Grupos de Jovens, etc.
Monsenhor Bastos Faleceu no dia 12 de Junho de 2010 e com ele deixou um grande vazio.
Ele era o Padre das palmas, da alegria, do amor.

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

sábado, 6 de novembro de 2010

PALAVRAS SOMENTE

"Coisas de Poesia"

Palavras… palavras soltas!
Palavras que tanto dizem…
…Dizem do teu amor
Fazem-me sentir senhor
Desse teu ser, que meu é.
Desse verbo amar, que se faz.
Deste eu, que teu sou!
Dizer de amor, eu sei!
Dizer tanto do que não dou!
Esse olhar cheio de voz
Nestas mãos cheias de força
Balanceando em verdade imensa
Porque encontro nestes dons
A força da tua presença!

 Paulo Gonçalves

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

7
Em Portugal, até aos anos 60, o mercado de trabalho estava estagnado, baseava-se no esforço físico e na ruralidade com uma grande carga horária e meios muito rudimentares não deixando margem para a criatividade dos trabalhadores. O novo regime obedecia a dois pilares, a estagnação e isolamento. A partir dos anos 60, dá-se a abertura ao exterior. Portugal adere à E.F.T.A (Associação de Comércio Livre). As relações com outros países intensificam-se, contribuindo para um aumento das exportações, o poder de compra das famílias aumenta, ano após ano, o que conduz ao incremento da produção.
Porque será que este ciclo foi quebrado?
Paulo Gonçalves

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

COISAS DE POESIA

Abismo
Porque é que teimo em me deitar
Nesta cama de rasgados e ásperos lençóis.
Onde afundo a minha alma
…Para morrer depois.

Porque me comprometo e me torturo?
Se com este sentimento impuro.
Me vou desgraçando em vida,
E não encontro o que procuro.

Vou semeando o receio
Por pura e pesada consciência
Perdendo-me em devaneio
Comprometendo a minha existência

Para minha grande consolação
Resta-me a certeza.
Dessa tua imensidão
Que resgata o meu coração!

Paulo Gonçalves

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 7

A par de toda a obra, a sua persistência era impressionante, mesmo nos momentos mais difíceis. As visitas por toda a Diáspora no mundo fizeram sentir-se lembrada a população da nossa localidade, espalhada pelo mundo e por todo o país. Valeram-lhe, ainda, verbas necessárias para conseguir concretizar os objectivos idealizados para Peniche. Momentos houve, em que as Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem estiveram em risco de não acontecerem por falta de verbas, isso foi ultrapassado pois era o próprio Monsenhor Bastos que se dirigia aos fornecedores, como por exemplo os dos fogos de artifício para conseguir um contrato mais favorável e tornar assim possível a realização dos referidos festejos.
Em 1981 foi nomeado Monsenhor, pelo então cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro.

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 45)


07.11.10 – S. Ernesto
08.11.10 – S. Godofredo
09.11.10 – Ded. Basílica de Latrão
10.11.10 – S. Leão Magno
11.11.10 – S. Martinho
12.11.10 – S. Renato
13.11.10 – S. Diogo

Paulo Gonçalves

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

6
O Euro é a nossa moeda (única). Hoje podemos viajar na zona Euro sem ter que trocar a moeda na fronteira. Vivemos num mercado único com menores flutuações cambiais. O Euro é uma moeda forte e conceituada, óptima para usar mesmo fora da zona Euro.
Este facto traduz-se numa importância relevante para alguns. Isto acontece porque a grande maioria dos portugueses não é possuidora de condições financeiras para viajar.
Paulo Gonçalves

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OLHO DE PÁSSARO

  UMA RÉPLICA DE AMOR”


     Os nossos olhares animavam ao pousarem no número 24 da Rua Arquitecto Paulino Montez; O prédio edificado em 1946, onde se destacava uma amendoeira e o roseiral “Santa Teresinha” que transbordavam os belos muros, e que nos inebriavam com o seu perfume.
     Surpreendeu-me ao passar por ali, e notar a sua ausência. Constatei; que sofreram de seca parcial, e que a idade não perdoou.
      Mais tarde voltei ali a passar. Bastou outro breve olhar para me deliciar com o que vi; Os muros de onde pendiam as roseiras estavam a ser substituídos por réplicas dos anteriores. (Ao contrário do que é habitual).
Quanto às roseiras; Foram abaceladas noutro local, que a seu tempo se irão transformar noutro igual roseiral.
      Felicito as proprietárias. Por sentir, estar perante uma obra de amor, que dignifica a nossa cidade, não trai o passado e enriquece o património dos nossos olhos.

Raízes M/Peniche  

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 6

Ao longo do seu percurso em Peniche, foram sendo criados diversos movimentos ligados à paróquia. Grandiosos momentos foram vividos com a população; não só nas festividades mas também nas diversas peregrinações que fez, nomeadamente a Fátima.
O convívio e o desporto eram muito importantes e para que fosse possível dar continuidade às diversas actividades, foi mais tarde construído o Pavilhão Polivalente. A par disto o clube “Stella Maris” ia ganhando prestigio e conquistando diversos prémios nos diferentes concursos em que ia participando: Pesca, Basquete, Futebol (Onde também jogou), Hóquei, etc.

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 44)
31.10.10 – Sto. Afonso Rodrigues
01.11.10 – Solenidade de Todos os Santos
02.11.10 – Fiéis Defuntos
03.11.10 – S. Martinho de Porres
04.11.10 – S. Carlos Barromeu
05.11.10 – S. Zacarias
06.11.10 – Beato Nuno de Stª. Maria
Paulo Gonçalves

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

5
O Banco de Portugal perdeu o poder de decisão no aumento ou diminuição das taxas de juro, cabendo estas decisões, e outras, ao B.C.E (Banco Central Europeu). O pacto de estabilidade e crescimento prevê que os governos se empenhem no crescimento e coesão económica, promovendo acções para fomentar a transparência das contas públicas, consolidação orçamental, que assenta numa maior eficácia na recolha de receitas, também no equilíbrio das contas com políticas que promovam a confiança, emprego e investimento público, caminhando para a convergência com a união europeia. Para isto é necessária uma disciplina orçamental muito grande e controlar o défice orçamental que subtrai as receitas das despesas públicas e corresponde normalmente à divida pública. Quanto maior for a taxa de inflação, maior será a tendência para o crescimento da despesa.
Será que esta perda de autonomia e soberania nacional se traduziu em positividade na vida dos portugueses?
Paulo Gonçalves

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 5

O plano da educação não foi esquecido com a construção e criação da escola do Externato Atlântico. Era preciso formar, educar e tornar este povo mais confiante em si próprio. Mais uma vez o lado social ficou reforçado com a construção do Lar de Santa Maria respondendo, segundo ele, a um mal necessário. Foram também abrindo diversas creches e jardins infantis ligados à paróquia. Cristo e a família eram para monsenhor Bastos um importante sustentáculo e nos quais se deveria apoiar toda a sociedade. Maria como Mãe suprema enaltecia o papel da mulher e para o monsenhor, a mulher era um ser extraordinário, pois na sabedoria da criação foi-lhe oferecido o privilégio de carregar no seu ventre, durante nove meses, uma vida.   
Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O 1º ELEMENTO (2ª SÉRIE)

O Outono (16)
Quando chega o Outono a nossa cidade fica impregnada de aromas da época. Um desses aromas é inconfundível. A castanha assada e a água-pé fazem as delícias da nossa gente e o rumo à compra já é tradição. Os Círios também são ponto de encontro entre população e forasteiros onde se vende de tudo um pouco; frutos secos, cavacas, farturas e doçaria diversa.
Estas tradições traduzem-se em importantes momentos nas nossas vivências enquanto cidadãos desta bela cidade.

Paulo Gonçalves

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

4
Com a introdução do Euro e a adesão ao sistema monetário europeu Portugal perdeu soberania sobre a política monetária e o poder de decisão passou para o Banco Central Europeu. Situado em Frankfurt e subjacente ao pacto de estabilidade e crescimento, o B.C.E. passou a determinar o valor das taxas de juro na zona euro, advindo daí algumas consequências negativas para a nossa economia nomeadamente a diminuição da sua competitividade. A nossa dependência não se reduziu com a adesão ao Euro. Será que a nossa vida melhorou com o abandono da moeda nacional?
Paulo Gonçalves

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MÁGICA MARESIA

PENICHE – “ A TERRA PROMETIDA 

     No início do século passado, Sagres era uma terra inóspita, sem meios de sobrevivência no sector pesqueiro.
     Peniche era apontada como detentora de um bom Porto de Pesca. A sardinha era o primeiro alimento das famílias e “A fome era o prato forte do povo”. Na verdade, Peniche tinha um grande potencial: O mar!
            Dizia o Almocreve: - ”A sardinha prateada vale feijão e farinha!”
Anunciava o povo: - “Na fábrica do Fialho enlatam as sardinhas e mandam para fora”.
As notícias correram e os fluxos migratórios cresceram vertiginosamente.
Estas palavras soaram ao ouvido do António, como se Peniche fora “A terra prometida”.
Fez-se ao mar, pois tinha um filho a sustentar e os que mais viessem!
A viagem foi tão longa que perdeu a noção do tempo que levou a chegar. Enfrentou o mar bravio. Chegou vivo e a navegar dentro de uma dúzia de tábuas.
    O António saltou a terra e logo foi rodeado pelos curiosos da praia. Olhou em seu redor e disse para quem o quis ouvir: ”Venho do Algarve e estou a gostar desta terra para viver, vou comprar uma casa”.
      O homem veio do Algarve e vem esfomeado pela certa. Onde tem ele dinheiro para comprar uma casa?!” – Cochicharam os que notaram a pobreza que mostrava.
   Volvidas duas horas, o António voltou à ribeira. Trazia consigo um papel, no qual constava a compra de uma campa no cemitério local.
   António não foi afortunado. Porém, comprou a sua casinha, onde ainda hoje mora.

Raízes - M/Peniche

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 4

A mão santa de Monsenhor Bastos começou a trabalhar e a interferir na situação social de Peniche. Foi criada a “Sopa dos Pobres” para os mais necessitados e principalmente nas épocas de defeso para matar a fome aos pescadores e suas famílias.
Foi também criado o Clube “Stella Maris” que ficou agregado aos outros “Stella Maris” do país.
Este clube foi dotado de um Café, Salas de Reuniões, Capela, Secretariado Paroquial, Pavilhão Desportivo, a redacção do Jornal “A Voz do Mar” e um Auditório onde se celebravam diversas festas, teatro e sessões de Cinema.
As festas de Nossa Senhora da Boa Viagem tiveram um grande impulso e a Procissão no Mar passou a ser realizada de forma ininterrupta. Também a Festa dos Círios de Nossa Senhora dos Remédios foi muito dignificada e marcadamente virada para o culto Mariano.
Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

Paulo Gonçalves

OS SANTOS DA SEMANA

OS SANTOS DA SEMANA
(Semana 43)
24.10.10 – Stº. António Maria Claret
25.10.10 – S. Crispim
26.10.10 – S. Rústico
27.10.10 – Beato Gonçalo de Lagos
28.10.10 – S. Simão e Judas
29.10.10 – S. Narciso
30.10.10 – Stª. Doroteia
Paulo Gonçalves

terça-feira, 12 de outubro de 2010

“A EMIGRAÇÂO”

Noutros tempos, era bom, vermos os nossos compatriotas emigrados na Europa e Estados Unidos, de regresso à terra que os viu nascer. Eram detentores de uma mão cheia de sonhos sustentados por uma vida de trabalho árduo nos países de acolhimento. Visionavam esses sonhos como se fora a segunda etapa das suas vidas: a casinha na terra; um pequeno negócio; o regresso dos filhos em idade escolar, para que a língua materna não se apagasse das suas memórias, ou porventura, usufruindo das reformas que lhes foram garantidas como contributo do seu trabalho.
É penoso, nos dias de hoje, os emigrantes não apostarem no regresso ao país de origem: “Os filhos estão integrados noutra cultura, e os netos não falam a nossa língua”. Enfim, as perspectivas de futuro esfumaram-se nos seus horizontes. Restando apenas a saudade do que deixaram ficar para trás quando partiram.
Urge, repensar nas políticas praticadas para com estes cidadãos que contribuíram não só para a sua melhoria económica, como para o engrandecimento de um pequeno país, como o nosso, que por vezes, sobreviveu com o empenho vindo destas forças de trabalho.

Raízes M/Peniche

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

3

Reduzir os consumos para economizar e preservar o ambiente salvaguardando o futuro é cada vez mais um dever cívico. Se vivesse numa moradia optava pela energia solar, o que me permitia a obtenção de calor, aproveitando um recurso natural que é o Sol, reduzindo assim a respectiva factura. Os recursos esgotam-se e ninguém tem noção disso. Criou-se a ideia comodista do “Amanhã logo se vê” e assim vamos andando nos nossos dias, até um dia…

Paulo Gonçalves

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 42)
17.10.10 – Sto. Inácio de Antioquia
18.10.10 – S. Lucas Evangelista
19.10.10 – S. Pedro de Alcântara
20.10.10 – Stª Irene
21.10.10 – Stª Úrsula
22.10.10 – Stª Maria Salomé
23.10.10 – S. João de Capristano
Paulo Gonçalves

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 3

A chegada a Peniche iria revelar face a face a dura realidade. Um povo que vivia no limiar da miséria, onde as carências sociais estavam escancaradas nos rostos das pessoas.
Peniche necessitava de tudo. Peniche tinha fome e estava ávida de alguém que se preocupasse consigo. As crianças não tinham roupa, comida, lar. Os idosos viviam em abandono. O defeso era horrível para quem vivia do mar e que pedia, constantemente fiado na mercearia.
Muitas pessoas, nem sequer um naco de pão tinham para comer. Tudo isto tocou fundo no coração daquele que tudo quis dar a este povo. Numa só palavra; AMOR!

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 41)
10.10.10 – S. Daniel
11.10.10 – Maternidade de Nossa Senhora
12.10.10 – S. Serafim
13.10.10 – S. Eduardo Rei
14.10.10 – S. Calisto I
15.10.10 – Stª Teresa de Ávila
16.10.10 – S. Florentino
Paulo Gonçalves

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

2
Nos meus tempos de infância, o ensino exercia sobre nós uma pressão e uma rigidez que me faziam sentir receio da escola. A minha professora era também muito rígida e recorria a métodos e castigos físicos, muito utilizados nessa época (reguadas, puxões de orelhas, etc.) e psicológicos (estar de joelhos meia ou uma hora, em frente de toda a turma). Eram mais que muitos, mas reconheço que era uma boa professora, ainda somos amigos.
Hoje as coisas são bastante diferentes e as pessoas regem-se pelas facilidades que a sociedade oferece. O facilitismo está presente em tudo.
Será que somos melhores do que o éramos?

Paulo Gonçalves

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

OLHO DE PÁSSARO

“A OITAVA PRAIA DE PENICHE”

     A actividade piscatória estava no seu apogeu: era premente criar espaço navegável no porto de pesca. A evolução dos tempos não se compadecia com o retrato que Peniche guardava da tão querida ribeira. A falta de segurança marcou uma época para os pescadores que tantas lágrimas contaram aos seus antepassados ao entrar na barra.
       A velha ribeira olhou-se com outro rosto; o molhe oeste alongou-se para o mar, o cais galgou sobre as rochas, o extenso areal foi trocado por betão, a bacia dragada de areias e lodo.  
        Porem, o Homem, contrariou o percurso natural do mar, que se estendia até ao areal. Sentimos quando caminhamos no molhe oeste, e sob este, escutamos o seu queixume, acusando quem o amordaçou.  
        Bateu...bateu! Ironicamente trespassou a raiz da estrutura, arrastando consigo água e areia fina.
       Com o andar do tempo, cresceu a “oitava praia”, onde o mar se espraia: orgulhoso, por ter ganho ao Homem tão dura batalha.

Raízes M/Peniche

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 40)
03.10.10 – S. Francisco de Borgia
04.10.10 – S. Francisco de Assis
05.10.10 – S. Plácido
06.10.10 – S. Bruno
07.10.10 – Nossa Senhora do Rosário
08.10.10 – Santa Brígida
09.10.10 – S. Eleutério
Paulo Gonçalves

terça-feira, 28 de setembro de 2010

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 2
Natural de Mataduços, freguesia de Esgueira, concelho de Aveiro, foi ordenado sacerdote a 6 de Julho de 1947. Nomeado pároco de Peniche a 14 de Setembro desse mesmo ano, Monsenhor Bastos é considerado "uma figura incontornável na história de Peniche",
Conforme ouvia, por diversas vezes, o monsenhor Bastos, até nas suas homílias, acerca das recomendações que lhe foram feitas, aquando da sua vinda para Peniche, pelo cardeal Cerejeira; “ Peniche e o seu povo tem muitas tradições, não mates nenhuma! Limpa-as todas! O povo daquela terra tem uma fé muito peculiar, vivida de uma maneira muito própria. É um povo cheio de amor”. Estas palavras nunca foram esquecidas e estiveram sempre presentes ao longo do seu serviço às gentes de Peniche.

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.
Texto: Paulo Gonçalves

domingo, 26 de setembro de 2010

O 1º ELEMENTO (2ª SÉRIE)

Capitulo 15
Conhecimento

Que dizer de alguém que não conheço? Que falar, bem ou mal, desta pessoa com a qual não tenho ligação. Como gostar de alguém com quem não convivo?
Esta é uma questão que se coloca, muitas vezes, na nossa relação com Cristo.
Muitas vezes temos dificuldade em entender, aceitar, perceber e praticar os seus princípios e a sua palavra. Este acontecimento advém do facto de não o conhecermos verdadeiramente. Quando conhecemos verdadeiramente alguém, percebemos se essa pessoa é digna ou não de confiança, da nossa amizade e até do nosso amor.

Paulo Gonçalves

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O REGRESSO

"MÁGICA MARESIA"

A depressão e a saudade apoderaram-se de mim. As lágrimas, insistentes, rolavam no meu rosto. A dor tornara-se agonizante e insuportável. Não conseguia mais. Já tinham passado 50 Anos desde aquele fatídico dia 16 de Junho de 2010. Não suportei mais a agonia e resolvi dirigir-me ao pai. Tomei então, aquele caminho que à muito não percorria. Por entre verdes prados, em montanhas de energia, a minha alma foi inundada de uma calma à muito não sentida. Ao chegar olhou-me como se já soubesse o que ali, ia fazer. A luz mais brilhante que o sol inundou-me a alma.

- Pai! Preciso de te falar!
- Porque teimas em prender a tua alma ao térreo passado?
- Sinto saudades da terra, do povo, dos meus pais…dos meus pais…
- Porque estás assim?! Em breve estarão por aqui.
- Não tenho mais resistência! Pai! Por favor! Conceda-me uma excepção. Pagarei se possível…, por amor ao pai. A minha alma mora em ti!
Após breve reflexão perante tão sentidas palavras, sentiu-se obrigado a ceder forçado pelo amor ao seu filho.
- Está bem. Terás uma nova missão em breve.
Amo-te meu filho!
- Obrigado pai. Muito obrigado!
Ao proferir estas palavras vi-me catapultado para um corredor de luz que me era familiar e que se embrenhou na minha alma. Todo o sentido da minha eternidade estava naquela luz, por ela fiz-me vida.
As névoas desapareceram juntamente com a luz. Acordei em pleno largo da povoação. Abismado reparei em pormenores familiares: A velha torre da Igreja, em pedra e parcialmente caiada de branco. O soar das Ave-Marias, embora algo diferente e soando a gravação, ainda acontecia, assinalando o passar das horas. As árvores estavam completamente ressequidas, as pessoas em situação semelhante, as suas peles estavam escuras e enrugadas. Os olhos deixavam transparecer uma alma seca e tristemente marcada pelo desânimo e inércia. O sol era abrasador e insuportável. Porque estaria tudo assim num local outrora verdejante?
Por ruelas tão familiares, aproximei-me da minha antiga casinha, outrora embrenhada em brumas de ilusão e alegria. Estava praticamente em ruínas. Á entrada ainda existia uma bica tradicional de mármore envelhecido e com rasgos negros que marcavam a sua, já longa existência. As crianças, mal nutridas, fingiam, nela, beber água. Tudo estava ressequido. Um forte sentimento de tristeza foi-se apoderando de mim.

Finalmente decidi aproximar-me da velha porta de entrada da minha casa e repentinamente vi-me dentro dela. Entrei em pânico, pois a minha visão ultrapassou a referida porta sem que desse por isso. Foi uma experiencia pela qual nunca tinha passado.
Não pude deixar de reconhecer uma foto, de cor amarelada e ferida em cada mancha pelo passar do tempo, que estava em destaque na velha parede frontal da sala de estar. Um menino sorridente e feliz em cima de um cavalo, esse menino era eu. A emoção apoderou-se de mim. As lágrimas voltaram a rolar no meu rosto. Parecia ter recuperado o meu coração, pois sentia os seus batimentos.
Com a dor da minha dor avancei um pouco mais até ao antigo quarto dos meus pais, a surpresa não podia ser maior. Numa cama de ferro, velhinha e enferrujada, estava igualmente velhinha, deitada, a minha mãe em aparente estado terminal. Ao seu lado, na mesinha de cabeceira, uma série de fotografias minhas acompanhadas de uma empoeirada, imagem de Nossa Senhora de Fátima. Por cima da cama o familiar crucifixo, companheiro das minhas orações de infância. Bem junto dela e agarrando as suas mãos, das quais pendia um Terço em vidro azul que me era muito familiar, pude ver o meu pai. A sua cabeça vestira-se de neve. Nos seus olhos era visível o espaço ocupado pela tristeza e melancolia de toda uma vida. Como estavam velhinhos! Como o tempo os transformara. Senti uma enorme vontade de os beijar, abraçar, consolar-lhes na dor que ficou contida nas suas vidas com a minha partida…que dor senti naquele momento!
A luz do pai veio até mim.
- Vai! Vai para fora, a tua mãe estará em breve na minha morada.
Saí da casa em velocidade luz até a um campo que foi, noutros tempos, local de brincadeiras. Apoderou-se de mim uma nova e forte dor. Já não haviam árvores, relva, flores e água. Tudo estava seco, a cor amarelo-torrada predominava.
A luz apoderou-se, de novo de mim.
- Vem meu filho. Tenho uma nova missão para ti!....

Paulo Gonçalves

OS SANTOS DA SEMANA

(Semana 39)
26.09.10 – Stos. Cosme e Damião
27.09.10 – S. Vicente de Paulo
28.09.10 – S. Venceslau
29.09.10 – Stos. Miguel, Gabriel e Rafael
30.09.10 – S. Jerónimo
01.10.10 – Stªa Teresa do Menino Jesus
02.10.10 – Santo Anjo da Guarda
Paulo Gonçalves

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO

1

Os estados ricos fomentam uma sociedade com um bom crescimento cultural.
Auferindo um bom vencimento poderei mais facilmente ter acesso a bons livros, ir ao cinema, ir ao teatro, visitar museus, exposições, assistir a diversos tipos de espectáculos, viajar e pagar diversas formações que ache necessárias. Sendo detentor de capital facilmente custeio tudo isso. É mais que evidente que a nossa, fiel e companheira crise, criou uma barreira cultural.
Com menos dinheiro compramos menos livros, filmes e frequentamos menos o cinema.
O mesmo se passa em todo o país. As famílias estão endividadas, os vencimentos não aumentam e esses factores condicionam o acesso à cultura. Valerá a pena “apertar tanto o cinto”? Afinal de contas continuamos permanentemente em crise e não vislumbramos o seu fim, por mais longa que seja a nossa vida.

Paulo Gonçalves

sábado, 18 de setembro de 2010

OLHO DE PÁSSARO


Camarinhas (1)

A camarinheira (Corema Album), verde e quase rasteira, tem por habitat a costa do Atlântico na Península Ibérica e Açores. Esta desenvolve-se em solos arenosos. Devido à sua escassez, (por acção do Homem) está em vias de extinção.
A estrada marginal sul, recorda-nos o Inverno nortenho, quando os primeiros farrapos de neve sobressaem por entre os arbustos. O olhar de quem por ali passa, fica ausente na paisagem, que nem dá pela presença das camarinheiras, que sempre verdinhas, convidam à colheita dos seus frutos rosa e pérola, e que nos transportam à nossa infância; Aquando no Outono, rumávamos aos Remédios e palmo a palmo, os nossos olhos lambareiros, viam a avó transformar essas pequenas bagas de sabor acre e doce, (às quais juntava açúcar e limão) numa refrescante iguaria de geleia ou licor.

Raízes M/Peniche
Imagem Fonte:flashalda.fotosblogue.com

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coisas de Poesia

BERLENGAS


“ILHA DE SONHOS”
Não estava acordada;
Deitada na areia. Sonhava!
Vivia nas Berlengas
Só por mim habitada.
Minha casa era o nevoeiro
Sua cobertura a lua
Nasceu o sol...
...Este se esvaiu.
Eu vivia na rua!
Meu jardim era algas.
Eu era o jardineiro
Dei beijos ternos
Àquelas que brotaram primeiro
Os peixes eram meus filhos
As pedras o meu pão
O mar o meu vinho
O sal, meu guião
Acordei do sonho...
Vi gente...
Vi o mar, de um azul...
Que jamais vi.
Nele nadava um golfinho
Vi rochas e armérias
E também um airinho
Vi gaivotas em voo rasante,
Defendendo o seu ninho.
Saí do inebrio sonho
Entrei no inebrio real.
Fiquei feliz por as Berlengas,
Não serem só minhas.
Mas de todos afinal.
Conchita

MONSENHOR BASTOS

Capitulo 1


No final dos anos 40 o mercado de trabalho, em Portugal, cingia-se às pescas e às actividades do meio rural. O concelho de Peniche não era excepção. As famílias viviam, grande parte delas, mal sustentadas por estas duas actividades económicas. Os apoios sociais eram muito poucos, muito embora a saúde fosse relativamente bem assegurada através das casas do povo rural e dos pescadores.
Vivia-se nesta época, em pleno estado novo, personificado no seu governador supremo, Salazar.
O lema imposto a todos os portugueses era “Deus, Pátria e Família”.
A fortaleza albergava os inúmeros prisioneiros opositores ao regime ditatorial.
A fome e a miséria logravam em ganhar terreno, enquanto o país se desertificava na sua própria miséria. O povo não tinha voz e nesta miséria humana a pátria enriquecia com os produtos provenientes das colónias que este país soube bem explorar.
Ninguém terá classificado tão bem a situação de Peniche como a classificaria o grande Cardeal Cerejeira, perante a vontade do monsenhor Bastos em ir para África. Á sua vontade o Cardeal respondeu; Vais para Peniche!.. Peniche é África às portas de Lisboa.

Informações: Monsenhor Bastos (Homilias), Amigos e Diversos Documentos Paroquiais.

Texto: Paulo Gonçalves